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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

     Na minha terra (Pelotas),  
     matar bandido dá cadeia
                   

                       A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou o empresário que matou dois assaltantes dentro de uma ambulância após um assalto lá na minha terra, em Pelotas, no Litoral Sul do Rio Grande  . O caso ocorreu após tentativa de roubo a uma distribuidora de bebidas no bairro Parque do Obelisco. Em 17 de abril, Rogério Grimm, 45 anos, matou a tiros Wagner Silva da Silva e Elder Luz Machado, 23 anos. O comerciante está sendo ouvido pela polícia nesta quinta-feira.

                         Conforme o delegado Félix Rafanhim, da Delegacia de Homicídios, o empresário foi indiciado por duplo homicídio qualificado privilegiado. No entendimento do policial, o comerciante agiu sob forte emoção, o que pode atenuar sua pena, em caso de condenação. 

                        No entanto, o delegado entendeu que não houve legítima defesa, já que o crime ocorreu após — e não durante — a tentativa de assalto. A polícia concluiu que houve a qualificadora por recurso que dificultou a defesa da vítima. 

                         " Ele alega que matou durante violenta emoção por ter sido assaltado. Mas ele também executou duas pessoas que estavam imobilizadas em uma maca rígida e algemadas. Elas não tinham naquele momento qualquer chance de defesa" - afirma o delegado. 
                           Durante o assalto, o comerciante, que é praticante de tiro, chegou a atirar contra a dupla, que foi atingida e fugiu de moto. No trajeto, algumas quadras depois, devido aos ferimentos provocados pelos disparos, eles acabaram perdendo o controle da moto. Quando os dois estavam presos pela Brigada Militar e sendo socorridos por uma equipe do Samu, o empresário foi de carro carro até o local. 
                      Conforme a Polícia Civil, ele aproveitou a presença de curiosos para se aproximar da ambulância e disparar contra os assaltantes. Cada um foi atingido por um tiro na cabeça. O empresário foi contido pelos policiais com um tiro na perna e levado sob custódia para atendimento médico. 
                          A arma que o empresário utilizava, uma pistola calibre 380, foi apreendida pela polícia e encaminhada para perícia, assim como o revólver que foi localizado pela dupla. A polícia ainda guarda o resultado do exame residuográfico para saber se os dois chegaram a atirar contra o empresário durante o assalto. Ao longo do inquérito foram ouvidos, entre outras testemunhas, os policias militares que prenderam o empresário. Ele foi liberado um dia depois
  
                            Ainda conforme o delegado, o empresário está sendo ouvido pela polícia.  Rafanhim acredita, no entanto, que o relato dele não deverá impactar no indiciamento. O advogado de defesa de Grimm,  Roger Cavichioli, defende que o empresário só cometeu o crime porque foi ameaçado pelos bandidos. 
                       No entendimento do advogado, houve legítima defesa. Conforme a alegação, os criminosos teriam dito que saibam detalhes da vida da mulher e de uma filha do empresário. Além disso, a defesa afirmou que os bandidos ficaram irritados com a baixa quantia financeira que havia no estabelecimento.

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