Fifa reconhece nossos títulos, mas
omite a conquista do Palmeiras
A Fifa reconhece como oficiais os títulos mundiais obtidos por clubes sul-americanos e europeus entre 1960 e 2004. Mas deixa fora torneios como os de 1951, vencido pelo Palmeiras. Nesta sexta-feira, na reunião do Conselho da Fifa realizada na Índia, a entidade aprovou a proposta da Conmebol e, assim, espera colocar fim a uma polêmica que dura anos.
A entidade ainda anunciou que está reabrindo a discussão sobre o formato que o Mundial de Clubes deve ter, já que as atuais edições não agradam aos clubes nem atraem torcedores. Uma das opções seria a de voltar a ter uma disputa entre sul-americanos e europeus. Mas a Fifa quer algo mais global e pode suprimir a Copa das Confederações para colocar, no lugar, um amplo Mundial de Clubes.
Nesta semana, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, já havia antecipado que a aprovação estava à caminho. Os europeus tinham dado uma sinalização também no sentido positivo.
Em 2014, o ex-presidente Joseph Blatter atendeu a um pedido do ex-ministro dos Esportes, Aldo Rebello, e enviou uma carta reconhecendo o título de 1951 como sendo uma conquista mundial para o Palmeiras. Neste ano, porém, a Fifa esclareceu que, ainda que reconhecesse o valor das disputas passadas, apenas poderia reconhecer como "oficial" os torneios promovidos por ela. Isso significava que não apenas o de 1951 estava descartado, mas também as disputas entre sul-americanos e europeus entre 1960 e 2000, inclusive em Tóquio.
A Conmebol decidiu reagir e pedir oficialmente que o assunto fosse reconsiderado. Mas mesmo a entidade sul-americana reconhece que não tinha argumentos para defender que torneios antes de 1960 fossem considerados como oficiais. Alejandro Domingues, presidente da entidade, explicou que o ano de 1960 foi escolhido por causa do início também da Taça Libertadores da América e que define quem era o representante da região numa disputa mundial.