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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

É proibído "pequeno" ganhar em SP


       Palmeiras 3 a 1 (no sábado), Corinthians 3 a 0, Santos 3 a 0 e São Paulo 3 a 1. Todos os clubes grandes venceram na largada. Se jeito regula, o Campeonato Paulista não terá o equilíbrio grandes/pequenos que existe em outros certames estaduais. No Rio, por exemplo, o Flamengo já empatou com o Macaé, enquanto Flu e Fogão ganharam do Friburguense e do Boavista com as calças na mão.  E lá no extremo Sul, o Inter não conseguiu ganhar do Lajeadense, ficando no 1 a 1.
      No Corinthians, Lodeiro foi embora para o Boca Juniors, mas o time até melhorou com a entrada de Jadson ali no meio. E os quase 26 mil torcedores que pagaram ingresso na Arena voltaram pra casa dando risadas. Mas, sinceramente, não vi tanta bola assim no Timão. E o goleiro do Marília falhou demais.
       Quem me surpreendeu mais foi o Santos, que perdeu jogadores importantes e só apresentou uma novidade (Chiquinho), mas também fez 3 a 0 no Ituano. Na Vila sempre é mais fácil para o Peixe. E Robinho estava a fim de jogar para o time. O Ituano, campeão do ano passado, desta vez não irá longe com esse time.
      E o São Paulo, por ser o único "grande" que não jogou em casa, conseguiu a vitória mais importante: 3 a 1 em Penápolis. Mais uma vez, o meu conterrâneo Michel Bastos foi o melhor em campo, não deixando a torcida tricolor sentir saudade de Kaká. Pelo que se viu na largada, o Paulistão será briga de cachorro grande. Nenhum time pequeno chamou a atenção  na estréia.
      

  Público pequeno na largada                                                                


            Em termos de arrecadação, foi muito ruim a largada do Campeonato Paranaense.  Somando os seis jogos, o público não chegou 13 mil torcedores pagantes. O Cascavel foi o time que levou mais gente ao seu estádio: 4.386 pagantes no Estádio Olímpico (foto). Confiram por jogo:
             Cascavel 0 x Atlético Paranaense 0   - 4.386
             Londrina 3 x Foz do Iguaçu 0   -  3.194
             Maringá 1 x Operário 1  -  2.325
             Paraná Clube 3 x Prudentópolis 1  -  1.930
             Nacional 1 x Coritiba 2   -  677
             J,Malucelli 2 x Rio Branco 0  -  439
     
           

Alemão chegou voando na Ferrari


             Sebastian Vettel comandou os dois dias de pré-temporada, em Jerez De La Frontera, na Espanha. Pelo jeito, a mudança de equipe já está fazendo bem ao ex-campeão mundial de F1. O alemão "chegou a mil por hora" na Ferrari, sua nova equipe. Cuidado com ele, hein ?

Acabe com o seu chulé

      Quem garante isso é o Gugu, blogueiro do Diário Gaúcho de Porto Alegre:  "E' só colocar saquinhos de chá dentro de todos os seus sapatos, quando for guardá-los. O mau cheiro será absorvido e você não terá mais chulé"   SERÁ ?

                    O dinheiro ainda compra tudo mesmo. Mesmo depois de ter marcado dois gols no jogo de estréia no Gauchão, o centroavante argentino Barcos deve ser vendido pelo Grêmio a qualquer momento para o futebol chinês.

        A Agencia Reuters informou hoje que o Papa Francisco é um dos quatro indicados ao Prêmio Nobel da Paz de 2015, por enfatizar a justiça social e o cuidado com o meio ambiente. Os outros três indicados são o jornalista americano Edward Snowden, o padre Mussie Zerai (da Eritréia), e o jornal russo Novaya Gazeta, crítico do presidente Putin.
      Morreu Dalmo, herói do Santos em 63

               O ex-lateral-esquerdo do Santos, Dalmo, morreu nesta segunda-feira em Jundiaí, aos 82 anos, vítima de Mal de Alzheimer. Embora raramente lembrado, ele foi herói do Peixe na conquista do Mundial de Clubes em 1963, por ter marcado no Maracanã o gol que derrotou o Milan da Itália naquela histórica decisão.
                       Mas os tempos eram outros, e Dalmo morreu pobre. Para custear as despesas com sua doença, a família chegou a colocar a venda a medalha ganha na maior conquista do jogador.  O negócio não chegou a ser concretizado.
                        Na foto abaixo, feita no vestiário do Maracanã no dia da conquista de 63, vemos Dalmo ao lado do lendário Zito.

                                                                                                                            foto Folha SP
                

O FUTURO DE ANDERSON SILVA
         Sei que há muito dinheiro em jogo nesta parada, mas acho que, depois deste retorno com vitória, acho que o nosso Anderson Silva deveria "sair por cima", encerrando sua carreira a aproveitando as muitas propostas de trabalho que certamente terá, inclusive da televisão.
          Prestes a se tornar "quarentão", o Spider sabe que já não luta como no passado, embora continue sendo muito bom. O próprio Dana White, presidente do UFC, admitiu que esperava mais de Anderson neste confronto com Nick Diaz. E até sua família já está pressionando pelo encerramento da carreira.
         Aproveito o momento para tentar esclarecer uma notícia "duvidosa": Anderson não é curitibano, como muita gente da Capital está afirmando. A sua biografia oficial conta que ele nasceu em São Paulo e se mudou para Curitiba ainda pequeno, começando a treinar taekwondo com cinco anos. A verdade tem que ser dita.  Eu também gostaria que o Neymar tivesse nascido em Pelotas ou em Londrina.
ELIS: NUNCA HAVERÁ
 OUTRA COMO ELA
 

               A primeira vez que eu vi Elis Regina de perto foi num programa de auditório da Rádio Gaúcha, no Edifício União, em Porto Alegre, em 1960. "Musical Orniex" era o nome do programa, que acontecia nas noites de sábado, com artistas da capital gaúcha e geralmente um convidado do Rio ou de São Paulo.
                Nos seus 15/16 anos, a menina Elis era uma gracinha. De baixa estatura, mas bonita e sorridente. O auditório era pequeno, o que possibilitava a gente a oportunidade de ficar bem próximo dos cantores que se apresentavam. Assim, do alto dos meus 20 anos, lá estava eu, a não mais de 10 ou 15 metros daquela que se tornaria, poucos anos depois, a maior diva da música popular do Brasil. Naquela noite Elis cantou a música "Flamingo", em inglês. E imediatamente me apaixonei por seu talento, a ponto de nunca mais perdê-la de vista.
                 Nos meses seguintes, estive várias vezes próximo a ela, nas tribunas sociais do Grêmio, por ocasião dos jogos do Tricolor.  Elis era gremista e estava sempre acompanhada por uma senhora, que alguém me disse tratar-se de uma tia dela.  Me recordo ainda, que as vezes ela ia ao estádio com roupas de colégio, tipo saia plissada azul-marinho com blusa branca. Certamente estudava à tarde e já ia direto da escola para o Estádio Olímpico.

                   E assim a vida seguiu seu rumo. Elis se consagrou como nossa maior cantora e veio para o eixo São Paulo/Rio. E o resto da sua vida todos certamente já conhecem. Por esta razão, me limito aqui a comentar os breves momentos em que estive próximo dela. A última vez foi no saguão do Hotel Bourbon. Ela veio a Londrina para um show, e a Folha de Londrina me destacou para entrevista-la, juntamente com o companheiro Zé Flávio Garcia.
                 Conversamos muito. E "brigamos" também, divergindo sobre pontos de vista ligados à música. Elis era uma mulher de opiniões fortes. E eu conhecia bem o seu início de carreira, desde que ela gravou o calipso "Dá sorte", do compositor gaúcho Eleu Salvador. Mas ela preferia recordar apenas do Rio e São Paulo pra frente, e isto foi a razão maior das nossas discussões, que sempre terminavam com ela segurando o meu braço e sorrindo.  Foi um dos trabalhos jornalísticos mais prazerosos e importantes que realizei na minha carreira.

                 Mas mesmo depois da morte de Elis, ainda voltei a me sentir ligado à ela, quando contratei sua cunhada, Lena Mariano, pra cantar no meu bar, o "Cantinho'', famoso na época, aqui em Londrina.  Irmã do maestro, pianista e arranjador Cesar Camargo Mariano, o último marido de Elis Regina,  a querida Lena era também uma cantora excepcional, que se casou com um americano e mora até hoje nos Estados Unidos. E que continua sendo minha amiga de Facebook. Ela tem, inclusive, curtido este espaço do Blog em que revivemos o melhor da música.
                  Elis Regina Carvalho Costa , que Vinicius de Moraes apelidou de "Pimentinha", nasceu em Porto Alegre em 1945, e morreu de maneira absurdamente precoce, aos 36 anos, em 1982, por conta de males advindos do álcool e das drogas. Foi mais uma vítima do nosso mundo cruel. De seus filhos, Maria Rita, Pedro Mariano e João Marcelo Bôscoli, este último do seu primeiro casamento, com Ronaldo Bôscoli, certamente ainda vamos falar muito neste espaço musical que ocupamos diariamente.
 
                 O repertório de Elis Regina era imenso. Escolhi a canção "Só Tinha Que Ser Com Você", de Tom Jobim, porque o vídeo mostra Elis do jeito que eu a conheci, com seu gingado, sua voz maravilhosa e o seu contínuo e inesquecível sorriso.  Ela deve estar rindo até hoje.

     De uma coisa eu tenho certeza, Elis foi a maior cantora que o Brasil já teve !
      A postagem foi feita no Ceará, pela amiga Rosani Maia.  E temos que admitir que aquele pessoal está com toda a razão. Durante a vida inteira eles sofreram com falta d'água, mas nunca houve tanto barulho como agora