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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O milagre do ressurgimento do DM9

            Quase não dá para acreditar nesta história. Dênis Marques, ex-Atlético Paranaense, é agora chamado de "DM9", pela torcida do Santa Cruz de Recife, bicampeão pernambucano. Dênis foi o artilheiro do campeonato, com 15 gols em 16 jogos. Mas quando ele chegou ao clube, no começo da temporada,  estava completamente fora de forma, porque havia ficado 600 dias sem jogar uma só partida.
            Ao aceitar o convite do Santa, Dênis Marques se comprometeu a treinar duro até recuperar totalmente a forma. Tanto assim, que só conseguiu jogar da oitava rodada em diante, quando foi liberado pelos preparadores.
             Como Dênis marcou também um gol na Copa do Brasil, em dois jogos, sua média ficou sendo de 0,88%, com 16 gols para 18 jogos.  Como ele voltou ao futebol com baixo salário - R$ 15 mil- o custo benefício acabou sendo sensacional. Ele ganhou R$ 60 mil e fez 18 gols, o que significa que cada gol seu custou ao clube somente 3.750 reais.
               Só que agora estão surgindo propostas de vários clubes. Quem não quer um goleador barato ?

Viva os Campeonatos Estaduais !

        E ainda tem gente que fala e escreve pedindo o fim dos Campeonatos Estaduais. Não sei como é que alguém pode desprezar  a importância dos certames regionais para o futebol brasileiro. São eles que renovam o nosso futebol, revelando novos jogadores e provocando o crescimento de equipes pequenas do Interior.
        Vejam que domingo lindo tivemos ontem. Não com apenas uma partida reunindo um time do Rio e outro de São Paulo para decidir um certame nacional, mas com mais de quinze decisões agitando a maioria dos estados e os torcedores de todos os cantos do País. Pelo menos uns trinta clubes estiveram brigando com a mesma intenção: ser campeão.
          Tivemos ótimos campeonatos. Não foi o caso de São Paulo que, com sua mania de grandeza, não soube organizar um campeonato motivado. Optou por uma forma de disputa inadequada para esse tipo de competição. Mas os outros todos agradaram, com belas rendas e muita emoção.
            O nosso Campeonato Paranaense, por exemplo, foi muito bom. Prevaleceu a força da dupla Atletiba, mas tivemos bons times pelo Interior e especialmente muitas revelações. Até o fraco time do Londrina mostrou alguns bons jogadores, que amanhã ou depois provavelmente vão se destacar nacionalmente.
            Se os Campeonatos Estaduais forem um dia extintos, será um crime contra o futebol brasileiro. O certame nacional é muito importante, mas a emoção dos campeonatos regionais me toca muito mais forte. Que vivam para sempre os Estaduais !

Não deixem de ver Neymar jogar

                Este é um conselho que eu dou a todos os que gostam de futebol e, especialmente, aos jovens. Tenho um orgulho muito grande de ter visto Pelé jogar. Felizmente, eu morava em São Paulo, no início da década de 60. E Pelé jogava no Pacaembu no minimo três ou quatro vezes por mês. Eu era jovem (21/22 anos) e morava numa pensão, na rua Traipú, que é uma paralela da Avenida Pacaembu. Ia a pé para o estádio, na certeza de que ia assistir a mais um show.
                Vi Pelé fazer coisas maravilhosas. Uma delas ficou gravada para sempre na minha memória. Lembro de tudo o que aconteceu naquele domingo. O dia de pagamento estava próximo, e eu estava sem dinheiro para ir ao futebol. Justamente naquele dia, em que o Santos enfrentaria o meu Grêmio Portoalegrense, pela Taça Brasil. Foi então que o velho e bondoso dono da pensão, vendo a minha tristesa, me ofereceu o empréstimo do dinheiro para comprar o ingresso. É claro que aceitei. E lá fui eu correndo para o Pacaembu.
                                              Pelé goleiro. Eu vi de perto, no Pacaembú
                O Grêmio começou ganhando e chegou a fazer 3 a 1. Mas o Peixe (naquele tempo ninguém chamava o Santos de Peixe) reagiu e lá para os 20 minutos do segundo tempos  já estava com 4 a 3. Foi então que aconteceu o inesperado. Gilmar foi expulso e Pelé foi jogar no gol. Não praticou grandes defesas, mas fez algumas "gracinhas", se jogando ao chão com a bola encaixada. A torcida enloqueceu. E os fotógrafos invadiam o campo toda a vez que Pelé pegava uma bola. Ele não levou nenhum gol e a partida terminou com 4 a 3. O meu Grêmio perdeu, mas eu nem fiquei triste. Tinha a noção exata de que estava vivendo um momento histórico.
                Hoje, 50 anos depois, vestindo a mesma camisa alvinegra, temos um outro astro raro. Essa coisa é mais ou menos como certos cometas, que só passam a cada 50 ou 100 anos. É porisso que você não pode deixar de ver o Neymar, que é o nosso novo Pelé, e que talvez venha um dia a jogar tudo o Negrão jogava.
                 Sempre digo com orgulho: "Eu vi o Pelé jogar".
                 E quero  que os desportistas de hoje possam sentir o mesmo orgulho, daqui a quarenta ou cincoenta anos, dizendo aos filhos, netos ou amigos mais novos: "Eu vi o Neymar jogar."

Os 60 anos da Esquadrilha da Fumaça

   

           A Esquadrilha da Fumaça, que é sempre motivo de orgulho para todos os brasileiros, está completando 60 anos nesta segunda-feira. E quem no Brasil não conhece o grupo? Afinal, ele faz 100 demonstrações por ano, geralmente em festas de cidades de todo o País. E a cada apresentação, os pilotos mostram 55 acrobacias. O aniversário foi comemorado ontem, em Pirassununga-SP, com participação inclusive de um caça F18 Super Hornet, da Marinha Americana. Parabéns

No Egito, o velório virou festa

      Hamdi Hafez a-Nubi, um garçon de 28 anos, estava trabalhando normalmente quando teve um ataque de coração, na vila de Naga al-Simman, no sudoeste do Egito. Os funcionários do hospital local declararam que ele estava morto, e a família do rapaz levou o seu corpo para casa e começou a preparar o funeral.
        Em meio a preparação do corpo, chegou a médica enviada para assinar o documento legal de morte, uma espécie de atestado de óbito. E ela estranhou que o corpo ainda estivesse quente. Resolveu fazer um exame e constatou: Hamdi estava vivo.
        A mãe do "defunto" desmaiou, e a médica começou a cuidar os dois, que acordaram praticamente juntos. Foi então que o velório se transformou numa grande festa.

Inter vai mandar Jô embora

        Jô e Jajá não participaram da decisão do Campeonato Gaúcho. Os dois estão afastados do grupo, por indisciplina e devem ser oficialmente punidos nas próximas horas. O erro dos dois foi cometido no Rio de Janeiro, após o jogo em que o campeão gaúcho foi eliminado da Libertadores, na última quinta-feira.
        Para que o grupo de jogadores pudesse descansar, o Inter decidiu que a delegação dormiria no Rio e só voltaria à Porto Alegre na sexta-feira à tarde. Cansados, todos foram para cama,  logo após a janta. Mas Jô e Jajá resolveram "aprontar". Ninguém contou com detalhes o que a dupla fez, mas houve farra e mulherada na jogada.
         Os dirigentes esperaram passar a decisão de ontem com o Caxias, mantendo os dois faltosos afastados. Agora, o que acontecerá com eles será anunciado a qualquer momento, talvez ainda hoje. Jajá, que chegou há pouco no Inter e está cometendo seu primeiro erro, deve ser multado e precisará trabalhar muito para merecer novas chances no time, como vinha ocorrendo nos últimos jogos. Mas Jô, que acabou de voltar de uma punição por indisciplina, desta vez não deve escapar. Certamente será mandado embora.
                                                      Jô                                        Jajá
          A minha sugestão é que Jô seja negociado com o Flamengo, cuja direção parece gostar muito de trabalhar com jogadores irresponsáveis e indisciplinados. Não é uma boa solução ?  O que se pode perceber é que logo as portas do futebol estarão fecchadas para Jô, que já não é um grande jogador e ainda vive "aprontando". Do jeito que vai, logo será um ex-jogador fracassado, dos quais os bares e botecos de cachaça estão cheios.