O jornal ZeroHora de Porto Alegre está mostrando uma série de matérias sobre
"Síndrome do Pânico", doença da moda em todo o mundo. Vale pena acompanhar o trabalho dos gaúchos sobre o assunto
O coração acelera, o suor começa a se espalhar pelo corpo e se soma a tremores, náusea e formigamento nas mãos e nas pernas. Logo os sintomas físicos chegam ao ápice e a pessoa fica aterrorizada. Sente que não há o que possa fazer para sair dali, mas ficar onde está também é muito assustador. O pânico é completo quando associado aos fatores psíquicos: parece que algo terrível vai acontecer. Mesmo que tudo esteja calmo no ambiente, é como se, nos próximos minutos, tudo fosse acabar e não houvesse nada o que se pudesse fazer para evitar o flagelo que se aproxima.
Quem sofre de síndrome do pânico sente medo do que pode acontecer. De perder o controle, de enlouquecer, de morrer. Medo de tudo. Medo de ter medo. E esse sentimento não está associado a uma causa específica: dirigir um carro, falar em público ou dormir no escuro não são atividades que desencadeiam o problema. Experiências traumáticas como uma separação, um assalto ou a perda de alguém querido tampouco são responsáveis pela doença.
" O transtorno de pânico não tem necessariamente um fator desencadeador aparente. Sempre que o paciente acha que alguma coisa específica causou a crise, não é síndrome do pânico. É algum outro transtorno de ansiedade" — explica o psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, superintendente técnico e diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).