Quem sou eu

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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

     A "fase braba" do Fogão



                Assisti uma noite destas, pela televisão, uma parte do jogo em que o Botafogo derrotou a Portuguesa, pelo Campeonato Carioca. O que mais me chamou a atenção:  o uniforme da Portuguesa (um time "pequeno") coberto de publicidade, inclusive nas mangas da camisa e no calção. E o "grande" Botafogo só com o seu emblema no peito. A "estrela solitária" nunca foi tão solitária. E isso que o Fogão é líder do Grupo B, hein ?
Técnico do Brasil de Pelotas
expulsa repórter da coletiva




                    O empate de 1 a 1 do Brasil de Pelotas com o Cruzeiro-RS está em segundo plano. Na entrevista coletiva concedida depois da partida desta quinta-feira,  Rogério Zimmermann, treinador do Rubro-Negro, agiu de maneira extremamente arrogante com um jornalista que cobria o jogo disputado em em Gravataí, no campo do Cruzeiro.
 
                    Em determinado momento, Pedro Petrucci, repórter da Rádio Universidade, de Pelotas, perguntou ao técnico se os atacantes Felipe Garcia e Ramon poderiam atuar juntos no próximo compromisso do Brasil no Gauchão. A partir daí, Zimmermann passou a debochar do questionamento e foi rebatido por Pedro, que buscava esclarecimentos. Em seguida, Rogério perdeu a cabeça e expulsou o jornalista da coletiva: ''Não começa a querer aparecer mais do que eu''- disse o treinador.
 
Apesar de nenhum cinegrafista ter filmado o empurrão, o fato foi presenciado por várias pessoas: ''Direção do Brasil, assessoria de imprensa e colegas das outras emissoras são testemunhas do ocorrido. Meu dever é questionar e minha parte foi feita'' - disse Petrucci
 
LIBERTADORES
Santa Fé praticamente
  garantiu a sua vaga




                O Independiente Santa Fé, da Colômbia, praticamente se garantiu na Fase de Grupos da Libertadores 2016, com a vitória obtida ontem em Santa Cruz de la Serra, na Bolívia, sobre Oriente Petrolero local, por 3 a 1.
                Como fará o jogo da volta em sua casa, o time colombiano ficou muito perto da classificação. Ibarguen (2) e Mina fizeram os gols do Santa Fé. Para o Oriente descontou Castillo.
 
                 Na outra partida disputada nesta quinta-feira, o equatoriano Independiente del Valle jogou em casa (em Sangolqui) e derrotou o Guarani do Paraguai, por 1 a 0, gol de Caicedo. O jogo da volta será no dia 11, em Assunção.

River apresenta D'Alessandro



            O  meia argentino  Andres D'Alessandro foi oficialmente apresentado no Estádio Monumental de Nuñez. Emocionado, D'Ale falou pela segunda vez como jogador do River Plate, uma vez que, o meia foi revelado pelo clube. Ele chega por empréstimo de um ano.
          
              Na sala de imprensa, Andrés foi acompanhado pelo presidente do River e pelo técnico Marcelo Gallardo.   Rodoldo D'Onofrio, mandatário do time, logo iniciou: "A incorporação de D'Alessandro vai enriquecer ainda mais a gente. Estamos extremamente felizes. Preenche algo que todos queríamos para o River Plate" - disse.
"Estou muito satisfeito e feliz. É um momento de emoção, uma nova etapa, com outras ideias.", disse D'Alessandro.
              Já vestido com a camisa vermelha e branca, Andrés falou suas primeiras palavras: "Estou muito satisfeito e feliz.  É um momento de emoção, uma nova etapa, com outras ideias. Vamos todos tentar fazer o nosso melhor para tornar este sonho de volta para casa ficar possível, eu quero agradecer ao presidente, D'Onofrio e ao treinador, Gallardo, pela confiança", -  enfatizou.
D'Alessandro vestiu a camisa do River ao lado de Gallardo (Foto: Divulgação/River Plate) 
                      O ex-camisa 10 do Internacional acrescentou "Eu chego para reforçar uma equipe vencedora, que ganhou tudo e estou orgulhoso de fazer parte desta equipe. Marcelo foi muito honesto comigo, o que gerou uma grande expectativa" -  afirmou.
O River Plate é o atual campeão da Libertadores da América, e há dois anos, conquistou também a Copa Sul-Americana, em 2014. 
 
C  A  R  N  A  V  A  L   !




               DESFILES DO GRUPO ESPECIAL
        COMEÇAM HOJE EM SÃO PAULO

                                
      ( A Pérola Negra abre a festa, às onze e quinze da noite )



As escolas do Grupo Especial do carnaval paulistano desfilam na sexta-feira (5) e no sábado (6) no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da cidade. Os desfiles do grupo de acesso serão no domingo (7). A apuração dos votos ocorre terça-feira (9), quando serão anunciadas as campeãs de 2016.
 
O programa de hoje, no primeiro dia do Grupo Especial
 
 
Pérola Negra – Às 23h15 desta sexta-feira (5), a Pérola Negra vai abrir os desfiles do carnaval paulista. Pelo regulamento da Liga Independente das Escolas de Samba, o primeiro desfile cabe à vice-campeã do grupo de acesso do ano anterior. Neste ano, a escola homenageia a história do bairro onde está sediada: a Vila Madalena. Serão lembrados os índios e negros que, fugidos da escravidão, se refugiaram na região. As alas e o enredo se desenvolvem até os tempos recentes, quando o bairro passou a ser ocupado por intelectuais e artistas.
 
 
Unidos de Vila Maria (0h20) – Índios, piratas e navegantes fazem parte do enredo da segunda escola que desfilará no Sambódromo do Anhembi. Elaborado pelo carnavalesco Alexandre Louzada, o tema conta a história de Ilhabela, destino turístico do litoral paulista. Lendas, mistérios e sedução é um dos versos que dão o tom do enredo que a Unidos de Vila Maria levará à avenida.
 
 
Águia de Ouro (1h25)- Ave Maria Cheia de Faces é o tema do enredo do terceiro desfile do primeiro dia do carnaval paulistano. Mais do que uma ode à mãe de Jesus Cristo, os carnavalescos Douglinhas, Juca, Izanzinho, Cuca e Pelezinho tratam dos sentimentos da feminilidade e maternidade.

 
Rosas de Ouro (2h30) – A tatuagem e a arte corporal são os temas do enredo da Rosas de Ouro. O hábito de gravar desenhos no corpo será relembrado desde as origens ancestrais da prática. Os diferentes significados da pintura permanente na pele também serão lembrados no desfile: amuleto, proteção, ritual de passagem, devoção religiosa, prova de amor e vaidade.
 

 
Nenê de Vila Matilde (3h35) - A atriz, cantora e dançarina Cláudia Raia será homenageada pela escola. O desfile começa com a descoberta da vocação da artista, ainda na infância, na academia de dança da mãe. As alegorias passam pelo início da carreira de Cláudia como dançarina, e evoluem com a chegada ao cinema e aos trabalhos na televisão.
 
 
Gaviões da Fiel (4h40) - É Fantástico! Imagine, admire e sinta! é o tema do enredo da Gaviões neste ano. Com inspiração em romancistas, dramaturgos e até no espiritismo, a escola faz uma reflexão sobre a criação do homem no universo e o papel da imaginação nessa existência. A fantasia é apresentada como força criadora e caminho para o entendimento da realidade.

 
Acadêmicos do Tatuapé (5h45) – Neste ano, a escola faz uma homenagem à escola de samba carioca Beija-Flor de Nilópolis, agremiação que compartilha as cores (azul e branco) e o padroeiro - São Jorge. As alegorias fazem referência aos desfiles da escola carioca que, ao longo de sua história, alcançou 13 títulos e 12 vice-campeonatos.




                        GLOBO VAI MOSTRAR
                    O SAMBA PAULISTA




                   A transmissão da Globo no Carnaval de São Paulo acontece hoje e amanhã, com Chico Pinheiro e Monalisa Perrone à frente da narração. Os apresentadores terão a companhia dos comentaristas Celso Viáfora, Alemão do Cavaco e Ailton Graça.
               
                   Durante os dois dias de desfile, 13 repórteres vão trazer informações da concentração, da dispersão, do meio da Avenida e dos camarotes. André Azeredo se junta a Marcio Canuto na missão de mostrar a animação do público que lota as arquibancadas populares.
 

 o x o x o x o
 
 
                         NA SAPUCAÍ, COMEÇA
             A "SÉRIE A" CARIOCA



            A televisão também estará presente no Rio de Janeiro, com a transmissão dos desfiles da Série A que acontecem hoje e amanhã.   Pelo quarto ano consecutivo, Alex Escobar e Mariana Gross repetem a dobradinha na narração dos desfiles, com os comentários do carnavalesco Chico Spinoza e dos músicos Arlindo Cruz e Pretinho da Serrinha. Além disso, Milton Cunha vai para a Avenida na sexta e no sábado como repórter especial.
 
            No domingo e na segunda-feira,  Fátima Bernardes e Luis Roberto comandam juntos a transmissão do desfile do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Repetindo o sucesso dos dois últimos carnavais, a dupla de narradores estará no estúdio com os comentaristas Milton Cunha, Eri Johnson e Pretinho da Serrinha.
 

                                                                X O X O X O X



               Vejam esta curiosa notícia do "site g.1"
          sobre um novo bloco que  agita o Rio




Os celulares começam a vibrar e apitar, ainda de manhã cedo ou já tarde da noite: enfim, os músicos do Amigos da Onça revelam aos amigos a que horas o bloco vai iniciar o cortejo. A notícia se espalha de boca em boca, de aparelho em aparelho. É a forma encontrada para celebrar a festa sem muito tumulto, alheia aos foliões de primeira viagem.
 
Em poucas horas, milhares deles estarão megafantasiados pelas ruas do Rio cantando marchinhas de carnaval antigas e algumas mais recentes. Pelo menos duas delas ("Amigos da Onça" e "Beija-Flor"), criadas pelos próprios músicos do bloco, já começam a ganhar o carnaval como se dele sempre tivessem feito parte. Emendadas numa "Jardineira" ou em um "Índio Quer Apito", as candidatas a marchinha-chiclete parecem incorporadas ao inconsciente coletivo.
 
 
O bloco tem até ala coreografada — as "oncetes", de rostos e roupas malhadas. Quem se fantasia com um simples chapéu ou um óculos colorido corre o risco de parecer um alien em meio a tanta gente caracterizada. Mas, em meio ao sucesso, o Amigos da Onça vive o dilema dos cortejos que caem no gosto popular: como custear um desfile apoteótico sem ter prejuízo e nem tomar as proporções gigantescas de um Bola Preta?
 
 
"A gente gosta de tentar preservar nossa espontaneidade. Pensamos que ser maiores nos traz mais preocupações, mas crescer é inevitável. Nosso objetivo não é crescer nem diminuir. Queremos um desfile 'salvável', que não seja apertado e que nem tenha confusão", explica Iara Cassano, uma das dançarinas e organizadoras do cortejo.
 
 
Para sobreviver, os Amigos da Onça recorreram ao crowdfunding no ano passado — um sistema de arrecadação pela internet onde quem doa recebe benefícios. Em 2016, a porcentagem da bilheteria um show no Circo Voador possibilitou mais um desfile. Ao lado do Cordão Boitatá, um dos blocos mais famosos da cidade, os Amigos da Onça se apresentaram em um palco histórico. E lá, novamente, tiveram o prazer de ouvir um bloco "das antigas" incorporando suas marchinhas no repertório.
 
x o x o x o x
 
 
Enquanto isso, em Londrina...
 
Como já vem ocorrendo há vários anos,  o Carnaval de Londrina fica mais uma vez limitado ao esforço de alguns apaixonados, promovendo ações isoladas que pelo menos não deixam morrer de vez na cidade a maior festa popular do Brasil.
 
Para as crianças ainda existe uma programação mais animada, organizada pelo Sesc Cadeião, por clubes que promovem batucadas e pelo Bloco Bafo Quente.
 
A Folha de Londrina dedica uma página na sua edição de hoje ao modesto carnaval londrinense. Confira a programação.  Entre outras coisas, estão marcadas algumas oficinas de adornos, máscaras, etc. Mas carnaval de verdade nas ruas, nem pensar.  Não é hora de oficina, é tempo de sambar !
QUE ESCULHAMBAÇÃO, HEIN ?


                 Não é só aqui não. Estou vendo o Fluminense jogando em Volta Redonda, o Brasil de Pelotas mandando seus jogos em Caxias do Sul e por aí afora. Mas aqui no Paraná está mesmo esculhambado.
 
                  O Londrina reforma os seus dois estádios ao mesmo tempo  e vai jogar em Arapongas. E a Portuguesa Londrinense  já disse que também vai para o Estádio dos Pássaros. O Cascavel mandou jogo em Toledo, esta semana. O Atlético está jogando no Ecoestádio. E até o Cambé já fala em jogar a Divisão de Acesso em Cornélio Procópio.
 
                  Está até acontecendo um negócio engraçado. Quem tem time  não tem estádio, e as cidades que tem estádio, como Cornélio e Arapongas, não tem time.  E ainda querem grandes rendas no Campeonato Estadual.

 
 
E o  nosso Ouro Verde ?


 
           Que mal me pergunte: Quando é que vão terminar a reconstrução do Teatro Ouro Verde ?  Sei que está cheio de obras inacabadas pelo Brasil afora, mas o que mais me interessa são os problemas da nossa Londrina, que precisa muito do Ouro Verde.



TRIO DE FERRO
 E O LONDRINA


                   O Campeonato Paranaense manteve três times na liderança, depois da segunda rodada, complementada ontem. Eles tem seis pontos e, pelos critérios de desempate, a ordem de classificação ficou sendo Coritiba, Paraná Clube, Londrina e Atlético. Uma pena que o Tubarão esteja próximo de perder seis pontos no Tribunal e ficar pra trás.
 
                    Kleber Gladiador é o artilheiro até aqui, com 5 gols. . Ele fez os três na vitória do Coxa sobre o Foz por 3 a 0, na quarta-feira. Os quatro clubes que começam a se preocupar são Rio Branco, PSTC, Toledo e o campeão do ano passado, o Operário. Estão com duas derrotas em dois jogos. Mas se o Londrina perder mesmo os seis pontos no Tribunal, também ficará com zero ponto, pulando e líder para lanterna.



                   Nas partidas de ontem, o Paraná ganhou em Ponta Grossa, por 2 a 1, com dois gols de Lúcio Flávio, que não é aquele Lúcio Flávio veterano e manjado. A foto mostra ele marcando de cabeça o primeiro gol sobre o Operário. Juba marcou para os pontagrossesnses, que tiveram dois jogadores expulsos: Douglas Mendes, ainda no primeiro tempo, e Lucas.  Renda de R$ 84.328 no "Germano Kruger", com 3.343 pagantes.  Arbitragem de Leonardo Sigari Zanon. 

                   E no Ecoestádio, na Capital, o J.Malucelli ganhou de virada do Rio Branco, por 3 a 2. Apenas 211 pagantes e renda de cinco contos, setecentos e sessenta. Parece brincadeira, né ?  Ratinho e Douglas marcaram para os parnanguaras, enquanto Vandinho, Marcão(contra) e Getterson construíram a virada dos curitibanos.

 
               
                    
CANÇÕES QUE FICAM PRA SEMPRE

     " V O C Ê   P O D E   M E   P E R D E R "

                      P a u l o    S é r g i o


                       


                A querida amiga Nerusa Requião (foto), lá de Santo Amaro, Estado da Bahia, certamente vai surpreender muita gente, ao revelar sua predileção por uma música escrita há quase 40 anos, e que eu acredito não tenha sido um dos maiores sucessos do seu criador.
 
                 Mas foi uma escolha pessoal.  Nerusa tem razão. "VOCÊ PODE ME PERDER" é uma canção realmente muito bonita, escrita pelo compositor e cantor PAULO SÉRGIO, que teve uma passagem meteórica pelo nosso mundo artístico, mas que deixou marcas indeléveis, até hoje curtidas por pessoas de bom gosto musical.

 
 
A canção "Você Pode Me Perder" foi lançada em 1977, no 11º volume gravado por Paulo Sérgio. As doze músicas do disco são:
 
 
Eu Te Amo, Eu Te Venero / Você Pode Me Perder / Como Me Arrependo / Que Felicidade / O Quê Foi Que Eu Disse / Bodas De Prata / O Tempo Dirá / Perdi Quem Mais Amei / Eu Deixo De Gostar Até De Mim / Meu Desejo / Eu Não Ligo / Minha Decisão.
 
                        Uma música simples, bem ao estilo da época, escorando uma letra mais simples ainda, mas que relata uma situação real e comum na vida dos casais. Confira:
 
As suas brigas não vão resolver
Nem vão mudar meu modo de pensar
Só um coisa pode acontecer:
Continuando assim você vai me perder
É tão difícil eu chegar em casa
E ter um sorriso pra me receber
Isso me deixa tão contrariado
Mesmo assim, me calo
Eu gosto de você
Mas acontece que eu estou cansado
De ter na vida tanta confusão
Esse ciúme vai matando aos poucos
O amor que existe em meu coração
Se estou na rua e penso em ir pra casa
Mas eu perco a graça e a opinião
Por muitas vezes já me fez sentir
Que um amor assim já não tem condição
Mude esse seu jeito de falar,
Esse seu modo de tratar
A quem lhe ama e lhe quer bem
Pense, pra você não se arrepender
Continuando desse jeito
Você pode me perder
 
 
Por se tratar de um artista que já nos deixou há 36 anos,  sendo portanto pouco conhecido pelas  gerações mais atuais, optei  por uma biografia resumida em detalhes,  porém praticamente completa. Para que todos possam conhecer quem foi PAULO SÉRGIO.
 
 
                 O capixaba Paulo Sérgio de Macedo, mais conhecido como Paulo Sérgio, nasceu em Alegre (ES) no dia 10 de março de 1944 e tornou-se  um conhecido cantor e compositor brasileiro.
Teve uma morte prematura, aos 36 anos, em decorrência de um derrame cerebral, mas até hoje é considerado por alguns críticos como o maior nome da música romântica nacional.
 
                  O cantor e compositor capixaba iniciou sua carreira em 1968, no Rio de Janeiro, lançando um compacto com o sucesso Última Canção. O disco obteve sucesso imediato e vendeu 60 mil cópias em apenas três semanas, transformando seu intérprete num fenômeno de vendas. A despeito da curta carreira, Paulo Sérgio lançou treze discos e algumas coletâneas, obtendo uma vendagem superior a 10 milhões de cópias.
 
                 Primeiro filho do alfaiate Carlos Beath de Macedo e de Hilda Paula de Macedo, Paulo Sérgio, se não tivesse manifestado desde cedo o intento de tornar-se músico profissional, talvez tivesse se realizado como alfaiate, haja vista que aos dez anos já frequentava a alfaiataria do pai, aprendendo os primeiros segredos da agulha e da tesoura. Porém, a veia artística já se desenhava cedo.
Aos seis anos de idade, quando em sua cidade natal  apareceram as caravanas de artistas de emissoras de rádio do Rio de Janeiro, Paulo Sérgio participou, ao fim de um espetáculo, de um mini-concurso de calouros. Foi escolhido o melhor dentre vários concorrentes, passando a ser requisitado como atração especial em todas as festinhas da pequena Alegre.
  
 
               Ao chegar no Rio de Janeiro, para onde a família se mudara em meados dos anos 50, a trajetória do menino Paulo ganhou uma nova conotação. Estudou no Colégio Pedro II e morava em Brás de Pina, na zona norte carioca, quando terminou o ginásio. Aos 15 anos, foi trabalhar em uma loja no bairro de Bonsucesso. Coincidência ou não, era uma loja de discos e eletrodomésticos, chamada “Casas Rei da Voz”. Como tocava bem violão, logo os amigos o incentivaram e Paulo Sérgio começou a mostrar suas composições.
 
                   Os anos 60 sacudiam a juventude e Paulo Sérgio fez seu batismo no programa Hoje é Dia de Rock, comandado por Jair de Taumaturgo, o mais badalado entre os jovens do Rio. Posteriormente, passaria ainda por muitos outros programas de calouros, como o Clube do Rock, do compositor Rossini Pinto, onde muitos outros ídolos que iriam formar o pessoal da Jovem Guarda se apresentaram. Em 1966, no filme Na Onda do Iê-iê-iê, Paulo Sérgio aparece como calouro do apresentador Chacrinha, cantando a canção Sentimental Demais, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia.
 
                      Em 1967, uma nova e grande oportunidade de Paulo Sérgio surgiu, quando um amigo seu foi convidado para realizar testes na gravadora Caravelle, do empresário Renato Gaetani. Paulo, então, prontificou-se a acompanhar o amigo ao violão, mas seu amigo não teve sorte. Porém, durante o teste, Alvaro Menezes, integrante do conjunto Os Selvagens e que era responsável por descobrir novos talentos da Jovem Guarda para a gravadora Caravelle, constatou que Paulo Sérgio também cantava e manifestou interesse em ouvir algumas de suas composições.
 
 
                   Alvaro assegurou a Renato Gaetani, seu tio, que Paulo Sérgio seria sucesso absoluto e assim, um contrato foi prontamente assinado. Mas o sucesso veio mesmo antes de gravar. Alvaro o levou várias vezes ao programa Haroldo de Andrade na TV Excelsior e o auditório vinha a baixo ao ouvi-lo cantar "Benzinho" que ainda nem havia sido gravada.
 
Paulo Sérgio tornou-se muito amigo de Alvaro a quem pedia conselhos sobre os mais diversos assuntos, até mesmo sobre a compra de seus dois primeiros carrões, um Mustang e um Cadillac presidencial. Na época, o motorista de Paulo Sérgio era Tony Damito, o qual tempos depois, também gravou um disco com a ajuda de Paulo Sérgio e Alvaro.
 
Após alguns dias, Paulo Sérgio gravou um compacto simples, que continha as músicas Benzinho e Lagartinha. Entretanto, a sua afirmação definitiva deu-se com o lançamento, em 1968, do primeiro disco, denominado Paulo Sérgio - Volume 01, que, alavancado pelo grande sucesso Última Canção, vendeu mais de 300.000 cópias. Paralelo ao sucesso meteórico de Paulo Sérgio, surgiu a acusação de que ele era um imitador do cantor Roberto Carlos, então ídolo inconteste da juventude, dada a semelhança do seu timbre vocal. Como contrapartida, naquele mesmo ano Roberto Carlos lançaria o álbum O Inimitável.
 
Do sucesso inicial advieram propostas para que Paulo Sérgio ingressasse numa grande gravadora. Em 1972, este assinaria um vultoso contrato com a Copacabana, o qual, em razão das cifras envolvidas, foi considerado o maior acontecimento artístico daquele ano. Pelo selo Beverly, Paulo Sérgio lançaria ao todo oito álbuns.
 
 
No dia 4 de março de 1972, Paulo Sérgio contraiu matrimônio com Raquel Teles Eugênio de Macedo, a qual conhecera casual e sugestivamente num pequeno acidente de trânsito. O casamento aconteceu secretamente, numa cerimônia simples, em Castilho, pequena cidade do interior de São Paulo. Em 23 de maio de 1974, nascia Rodrigo, que mais tarde usaria artisticamente o codinome de Paulo Sérgio Jr. (foto acima).  Além de Rodrigo, Paulo Sérgio tivera ainda duas filhas, Paula Mara e Jaqueline Lira, fruto de relacionamentos anteriores.
 


                        Mas no dia 27 de julho de 1980, um domingo, Paulo Sérgio fez sua última apresentação na TV. Esta ocorreu no programa do apresentador Bolinha, da Rede Bandeirantes de Televisão, onde cantou duas músicas do seu último trabalho fonográfico: “O Que Mais Você Quer de Mim” e “Coroação”. Logo após apresentar-se no “Clube do Bolinha”, nos arredores do teatro onde aquele programa era veiculado, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio (São Paulo-SP), Paulo Sérgio envolveu-se num incidente que talvez tenha provocado sua morte.
 
                      Ele saiu do auditório para pegar seu carro, estacionado próximo à Avenida Brigadeiro Luiz Antônio. Várias fãs o cercaram. Queriam beijos, autógrafos, carinhos, fotografias. Uma delas, agressivamente, começou a comentar fatos relacionados à vida íntima do cantor e sua mulher Raquel.
 
                       Para evitar encrencas, os amigos trataram de afastá-la de Paulo, enquanto a moça garantia que ainda tinha muito a dizer. Já nervoso, Paulo Sérgio deu a partida em seu carro, mas, quando manobrou o veículo, foi atingido por uma pedrada no para-brisa. Fora de si, ele desceu do automóvel e partiu em perseguição à moça. Esta se refugiou no interior de um edifício, para onde o zelador não permitiu que Paulo a seguisse. Furioso, Paulo avaliou os danos causados a seu veículo e aguardou vários minutos, na calçada, que a garota voltasse à rua.
 
 
              Seus acompanhantes procuraram acalmá-lo. Ele ainda teria de cumprir três apresentações, antes que o domingo terminasse. Finalmente, o convenceram a esquecer o incidente e sair dali. Rumaram para uma pizzaria em Moema. Paulo tentou fazer um lanche, mas não conseguiu comer direito. Tinha muita dor de cabeça e nenhum apetite.
 
              A primeira apresentação foi no Grajaú. Quando terminou de cantar, Paulo chamou seu secretário, pedindo a ele que encontrasse uma farmácia e providenciasse comprimidos para sua dor de cabeça, que estava cada vez mais violenta. Ingeriu dois de uma só vez e partiu para Itapecerica da Serra. Mas lá só conseguiu cantar quatro músicas. A sua cabeça latejava dolorosa e implacavelmente e a sua visão estava começando a ficar turva. Ele cambaleou até o camarim. Logo depois, os amigos o encontraram alternando-se entre gemidos e gritos de dor e tendo tremores por todo o corpo. Foi levado até o carro e transportado para o Hospital Piratininga. De lá, o enviaram para o Hospital São Paulo. Quando chegou a este último, já estava em coma. O diagnóstico foi rápido e assustador: Paulo Sérgio tivera um derrame cerebral.
 
             Após as primeiras providências clínicas, Paulo Sérgio foi internado na UTI. Teve início assim uma desesperada batalha pela sua sobrevivência. Amigos e parentes foram alertados. Apesar de preocupados, todos, tanto familiares como fãs e equipe médica, estavam confiantes até aquele momento. Afinal, ele era um homem forte, sadio… e com apenas 36 anos. Com esse perfil, todos acreditavam que não havia motivo para que se duvidasse de sua recuperação.
 
             No entanto, mesmo com a equipe médica fazendo tudo que foi possível, seus esforços de nada adiantaram. Na manhã de segunda-feira, 28 de julho, os corredores do hospital já estavam repletos de pessoas que queriam ver e saber alguma notícia sobre o estado de Paulo Sérgio. O otimismo já cedia lugar a um certo desespero. Afora os familiares, ninguém mais naquele momento tinha autorização para entrar na UTI, onde ele se encontrava.



             As reações de Paulo Sérgio continuavam desfavoráveis. O Dr. Pimenta, chefe da equipe que incansavelmente tentava reabilitar o cantor, após exames minuciosos, revelou aos familiares de Paulo que suas possibilidades de sobrevivência já eram mínimas, quase nulas. Mesmo assim, a luta prosseguia. No hospital, a vigília permanecia continua. Mais uma noite e o estado de saúde de Paulo Sérgio, ao invés de melhorar, se agravou. Às 14 horas e trinta minutos de terça-feira, 29 de julho, foi declarado que já não havia mais nenhuma possibilidade de reversão do seu quadro clínico, de modo que e sua morte clínica definitiva passara a ser apenas uma questão de tempo. Paulo Sérgio já estava praticamente sem vida e apenas os aparelhos mantinham sua respiração e seus batimentos cardíacos. Às vinte horas e trinta minutos, foi anunciado o fim de sua longa e dolorosa agonia. Apesar de todo o esforço feito para salvá-lo, Paulo Sérgio estava morto.
 
               Durante a madrugada e a manhã seguinte o corpo do cantor ficou exposto para visitação no velório do Cemitério de Vila Mariana, em São Paulo. Atendendo ao pedido dos pais de Paulo Sérgio, o seu corpo foi sepultado no Rio de Janeiro. Na capital carioca, o velório ocorreu no Cemitério do Caju. Entre os cantores que prestaram suas últimas homenagens, podemos citar Antônio Marcos, Jerry Adriani, Agnaldo Timóteo e Zé Rodrix.
 
               O cantor Roberto Carlos não pôde comparecer ao enterro, mas prestou sua homenagem enviando uma enorme coroa de flores com os seguintes dizeres: "Meu coração está em luto, pois morreu meu grande ídolo."
 Às 16 horas do dia 30 de julho (quarta-feira), o seu corpo baixou à sepultura ao som de seu maior sucesso, “Última Canção”. No final dos anos 1980, uma nova tecnologia permitiu juntar as vozes de Paulo Sérgio e de seu filho, então com 12 anos. A canção escolhida foi “Quero Ver Você Feliz”, música que Paulo gravou em 1975 em homenagem ao nascimento do filho. Na nova versão, lançada em 1987, o filho responde ao pai com novos versos, incluídos à letra original da canção.
 

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Ótimo esse recado que minha sobrinha Cristina Costa postou ontem na sua página, e que fez muito sucesso no Facebook