Vários amigos nos procuram para criticar a maneira como a Aifu (Ação Integrada de Fiscalização Urbana) realizou a fiscalização de bares e casas noturnas,  na noite de sexta para sábado, aqui em Londrina. Parece que realmente houve excesso no comportamento das autoridades que realizaram a blitz.
      Eu não frequento bares (simplesmente porque não bebo), mas já fui dono de bar e sei bem das dificuldades que os empresários do ramo enfrentam. Vi umas fotos da ação executada pela Aifu e fiquei surpreso ao ver pessoas com os braços pra cima, como se fossem bandidos diante de policiais . 
     Em primeiro lugar, os estabelecimentos deveriam ter sido visitados no período diurno, para averiguação da documentação e verificação das instalações. Realizar esse trabalho à noite, na hora do movimento intenso dos bares ou boates, cheira a exibicionismo. Coisa pra sair no jornal e na televisão. 
      Uma ação policial  em que um bar está cheio, acaba com a reputação da casa. Muitos clientes sentem-se ofendidos e não voltam nunca mais ao local. Um bar pode quebrar por causa de uma blitz, e as autoridades precisam estar conscientes disto. 
      Não é crime frequentar uma casa noturna. É um absurdo que as pessoas sejam obrigadas a ficam com as mãos pra cima, como se fossem marginais. E a fiscalização de menores pode ser feita discretamente, com a simples apresentação da documentação.
      Acho que a sociedade londrinense não pode permitir que ações feitas sem bom senso se  tornem rotina na cidade. Sei que tem muita casa irregular por aí, mas não é porque aconteceu uma tragédia em Santa Maria-RS, que os bares e boates de todo o Brasil devem ser perseguidos. O próprio prefeito Alexandre Kireef tem a obrigação de exigir uma ação eficiente, porém  moderada da fiscalização. 
 


 
