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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Demolindo a história

          Os primeiros jogos de futebol que eu assisti em Porto Alegre, foram disputados no Estádio dos Eucaliptos, localizado no bairro do Menino Deus, numa área de 23 mil metros. Ainda jovem, vim de Pelotas algumas vezes, para torcer pelo Esporte Clube Pelotas contra o Inter, em jogos dos velhos Estaduais.  De 1931 a 1969, os Eucaliptos foram a casa do Internacional.
          Pois hoje cedo (foto), potentes máquinas começaram a demolir as arquibancadas do velho estádio, que morreu em março de 69, num jogo Inter 4 x Rio Grande 1.  O craque Tesourinha foi convidado para participar desta última partida, e até arrancou a rede de um dos gols. Dias depois, em abril, foi inaugurado o Beira Rio, onde até hoje o Colorado manda seus jogos.
             Vejo com tristeza a demolição de uma praça esportiva que inclusive sediou dois jogos da Copa de 50 (Suiça x México e México x Iugoslávia). Ali, o Inter viveu uma das fases mais importantes de sua história, com o time que era chamado de "Rolo Compressor", e que foi hexacampeão gáucho, de 1940 a 1945.

Uma nova Guerra das Malvinas ?

         Já se passaram 30 anos, mas eu me lembro bem da Guerra das Malvinas, que ocorreu em 1982. Torci para a Argentina derrotar a Inglaterra, como se fosse um jogo de futebol. Mas o "time" inglês era muito mais forte e rapidamente ganhou aquele jogo. Os argentinos nunca engoliram aquela derrota. E eu também não, talvez porque a arrogância dos ingleses sempre me incomodou.
          Pois  o que se comenta agora é que poderemos ter uma revanche. Os britânicos mandaram um navio de guerra para exercícios na zona das Malvinas, que os ingleses chamam de Ilhas Falkland . O HMS Dautless (foto) é um destroier moderno, que pode inclusive levar helicópteros militares, bem como mísseis antiaéreos de alta tecnologia. Os Argentinos foram a ONU protestar. O clima está esquentando.

           Na verdade, a Argentina desta vez poderá ter o auxilio de outros países sul-americanos, como o Brasil, Paraguai e Uruguai. É que estes países integrantes do Mercosul, também bloquearam a entrada de navios com bandeiras das ilhas do Atlântico Sul em seus portos. Penso eu com inteira justiça, já que as ilhas são colônias inglesas e não tem nada a ver com o Mercosul.
            Não acho que brasileiros, paraguaios e uruguaios estariam dispostos a lutar para defender a Argentina, em caso de uma nova guerra. Mas acho sim que eles poderão pressionar junto a ONU, para evitar a militarização do Atlântico Sul pelos ingleses. E devem fazê-lo. Os britânicos que vão fazer exercícios lá na sua região e nos deixem em paz aqui no modesto "Terceiro Mundo".

Neymar acordou. Graças a Deus

                Eu já estava ficando preocupado. Afinal, Neymar é um dos poucos craques de verdade que jogam atualmente no Brasil. Não passam de quatro ou cinco craques verdadeiros. Mas nas últimas semanas eu só tinha visto Neymar participando de festinhas, conquistando novas mulheres, fazendo propaganda na TV e outra coisas próprias de quem é promovido a "pop star". Jogar bola que é bom, ele não vinha jogando.

                Mas no segundo tempo do jogos de ontem em Ribeirão Preto, Neymar resolveu voltar a jogar futebol. Fez três gols e acabou com o time do Botafogo local. Tomara que não tenha sido somente ontem. O futebol brasileiro precisa de Neymar. Como precisa de Leandro Damião, de Ronaldinho Gaúcho, de Oscar e de no máximo mais um ou dois craques de plantão. Os outros são apenas coadjuvantes.

Pobre do nosso carnaval

            Estamos a uma semana do Reinado de Momo. Pego o Jornal de Londrina,  vou direto à manchete e  não acredito no que estou lendo: "Desfile de carnaval ainda é dúvida." Li as matérias que se referiram ao assunto e fiquei ainda mais indignado. Ninguém sabe se vai haver carnaval na cidade. Tudo isso é uma plena ignorância cultural.
             Em primeiro lugar, autódromo não é lugar pra carnaval. Desfile de escolas de samba é na avenida. Se a cidade possuir um sambódromo, tanto melhor. Mas não mistura sambista com carro de corrida que não dá certo. Em todo caso, os desfiles de Londrina tem sido realizados lá. Assim sendo, deixa pra lá.
             Em segundo lugar: transferir o desfile de escola de samba para o Dia de Tiradentes é de um mau gosto sem tamanho. É capaz até de surgir um novo samba: "Samba do crioulo doido (2)". Te cuida Stanislaw Ponte Preta, que estão plagiando a tua história.  Daqui a pouco vão querer misturar o desfile das escolas de samba com o desfile de 7 de setembro.
             Pra completar, me espanto com as escolas de samba de Londrina. As mais tradicionais vão sumindo, simplesmente desaparecem. Será que a "Quilombo dos Palmares" ainda existe ? Não estou vendo o nome dela nos jornais. E aparecem nomes novos, que pouco representam. O que mais marca na vida de uma escola de samba é a tradição. E está faltando tradição no nosso carnaval. Eu acho que esse bloco não sai.