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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Outra mulher salva o Brasil. E agora é ouro

         Em três dias de disputa do Campeonato Mundial de Judô, o Brasil já ganhou três medalhas. Uma de bronze no primeiro dia, uma de prata na jornada de ontem, e finalmente uma de ouro, esta tarde. E todas elas foram ganhas por mulheres. Sarah Menezes abriu a série na segunda-feira com o terceiro lugar da categoria 48 kg, Érika deu sequência ontem com o vice na faixa de 52kg, e a menina Rafaela Silva, de 21 anos, criada na Cidade de Deus, lá no Rio, conseguiu agora há pouco a suprema alegria na categoria 57kg, se tornando a primeira mulher brasileira a conquistar um título mundial de judô.
 

         Quarta no ranking mundial, Rafa Silva derrotou os principais nomes de sua categoria, ganhando na final da norte-americana Marti Malloy, por ippon, conseguido em menos de um  minuto de luta.
          O título quase escapou, ainda nas eliminatórias. Rafa estava perdendo na pontuação para a romena Loredana Ohai, mas quando faltavam apenas 15 segundos para o final do combate, a brasileira conseguiu um wazari salvador, fazendo o Maracanãzinho explodir de alegria.
           O título conquistado hoje apaga duas grandes frustrações vividas pela jovem judoca brasileira. No Mundial de Paris, há dois anos, ela viu o ouro fugir na final, quando foi derrotada pela japonesa Aiko Sato. E no ano passado, em Londres, eloa era uma das favoritas, mas acabou desclassificada por utilizar um golpe proibido. Finalmente a grande vitória chegou hoje.
            A outra brasileira que competiui hoje, Ketleyn Quadros, foi derrotada nas oitavas-de-final, justamente pela norte-americana Marti Malloy, que perdeu a final para Rafaela Silva.
            E entre os homens, o peso leve (73kg) Bruno Mendonça ganhou as suas duas primeiras lutas por ippon, mas na terceira rodada foi derrotado pelo bielo-russo Aliaksei Ramanchyk, por um wazari e um yoko.
            Amanhã, quarto dia do Mundial, estarão em ação os meio-médios Katherine Campos e Victor Penalber.

O que já deu pra ver no Mundial

      Eu nunca fui um especialista em judô, mas sempre acompanhei a modalidade, até porque tive grandes amigos praticantes deste esporte. Mas o que se pode observar a cada competição é que o judô tem mudado muito, a começar por suas regras e seu sistema de arbitragem. E não estou certo de que tenha mudado para melhor.
       A utilização dos computadores para confirmar a marcação do primeiro árbitro, em vez de dissolver as dúvidas e tornar as coisas mais claras, está muitas vezes contribuindo para a desconfiança de que a manipulação de resultados esteja ocorrendo. Vi vários erros neste Mundial. É triste ver um judoca comemorando um resultado, confirmado pelo árbitro a beira do tatami, e daqui a pouco vê-lo chorando porque a mesa anulou a decisão, desmanchou o resultado e mudou o vencedor da luta.   
        Até bem pouco tempo, o que valia era a decisão imediata dos árbitros (eram três) que trabalhavam junto ao tatami. Como no futebol, em que o árbitro decide e está decidido. Mas agora, a impressão que se tem é de que o árbitro central do judô não manda nada. Se a mesa mandar, ele terá que alterar sua decisão. Não gosto desse tipo de coisa.