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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

   Um grande festival de jazz está rolando
     em Pernambuco, em pleno Carnaval



 Durante o Carnaval 2016, de 6 a 9 de fevereiro, está acontecendo em Gravatá, município localizado a 84 quilômetros do Recife, o Gravatá Jazz Festival, evento que reúne a experts,  fruto da experiência adquirida pela realização do Garanhuns Jazz Festival (2008-2015).
 
A estrutura do Gravatá Jazz Festival 2016, além de um inédito Mardi Gras (carnaval de rua inspirado na tradição do ritmo de Nova Orleans), concertos em igrejas, jam sessions, exibições de filmes, recreação infantil, circuito gastronômico, workshops e feiras, conta com uma seleção de atrações locais, nacionais e internacionais de destaque.

 Entre os principais nomes figuram artistas de grande quilate da música brasileira, como Jards Macalé, Victor Biglione, Wanda Sá, Roberto Menescal e Toni Tornado; figuras de referência da música pop nacional, como Tico Santa Cruz e Renato Rocha (Detonautas) e Rodrigo Santos e Gutto Goffi (Barão Vermelho), em um emocionante tributo ao repertório blues de Cazuza; além, é claro, de músicos que fazem o jazz e o blues do País atravessar as fronteiras, como Jefferson Gonçalves (Blues Etc.), Flávio Guimarães (Blues Etílicos), Igor Prado, Vasco Faé e Derico (Programa do Jô).

As principais atrações internacionais ficam por conta do trompetista nova-iorquino Mark Rapp, da cantora de blues inglesa Bex Marshall, da cantora de blues e soul africana Koko Jean Davis e do organista austríaco Raphael Wressnig.

 Pernambuco também está muito bem representado no Gravatá Jazz Festival 2016, com as apresentações da Uptown Band, da veterana Contrabanda, dos virtuosos guitarristas Luciano Magno (que tem como convidado Roberto Menescal, um dos criadores da bossa nova, e Sabrina Parlatore) e Wallace Seixas (que recebe o trompetista Buiú, do grupo Cidade Negra), da banda revelação de rockabilly Allycats, do grupo Mr. Trio e do Dom Angelo Jazz Combo, que, após uma temporada em Portugal, está de volta ao Estado para apresentar seu novo disco, gravado na Europa, e divide o palco com Mark Rapp. Ainda do Nordeste, vem do Ceará (outro polo de referência de jazz e blues da região) o guitarrista Artur Menezes, que tem como convidado o homem-banda Vasco Faé.

Como aconteceu nas últimas edições, o festival continua valorizando os os artistas locais. De Gravatá, são atrações Maurício Meneses, Guitasan Duo, Trimúrti e Hito Pereira. Da cidade de Garanhuns, foram convidadas a Street Jazz Band, comandando o Mardi Gras, Valvulados e ainda a participação especial de Herick Faustino.










 
     DO FUTEBOL BRASILEIRO EU SÓ
 VOLTO A FALAR NA QUARTA-FEIRA

 

         Jogar futebol no Brasil durante o Carnaval, é coisa pra idiota. É sacanagem ! É hora de dar um descanso pra bolinha brasileira. A alegria está solta nas ruas das grandes cidades, mas ainda tem caras que se enfiam num estádio pra ver estas mesmas peladas que vemos todos os dias. Quem baita mau gosto !
 
         Pra não ficar sem uma pitadinha de esporte, eu hoje vou ver pela televisão (ESPN) o badalado "Super Bowl", que é a final da Liga de Futebol Americano dos Estados Unidos. Vou assistir com meu filho Luciano, que adepto da modalidade e acompanha tudo.
 
            Começa às 21 horas (de Brasília) e terá como palco o Levi's Stadium,  em Santa Clara, na Califórnia. Será o "meu aquecimento", pra ver depois o desfile das Escolas de Samba na Sapucaí !
 

C   A   R   N   A   V   A   L  !





     Modelo que desfilava na Unidos do Peruche
    tirou a roupa e roubou a cena no Anhemby


                                                                                                                                              (foto g1)


                      Na segunda noite do Desfile do Grupo Especial de São Paulo, a modelo Ju Isen, destaque da Unidos do Peruche, acabou "roubando a cena" e sendo expulsa da avenida por despir parte de sua fantasia, em protesto após ser impedida pela escola de usar um tapa-sexo com a imagem da presidente Dilma Rousseff (foto abaixo). A agremiação a obrigou a sair vestida com um comportado macacão cor da pele pelo Anhembi.
 
                                                             (foto UOL)
Em imagens exibidas pela TV Globo, a modelo apareceu se despindo do macacão em pleno desfile, jogando parte da fantasia no chão e deixando os seios à mostra. Na sequência, foi rapidamente retirada da avenida pelo presidente da Liga das Escolas de Samba, Paulo Sergio Ferreira, o Serginho.
 
O presidente da agremiação, Sidney de Moraes, o Ney, contou ao UOL que Isen - considerada musa das recentes manifestações contra o governo federal - já havia dado problema durante os ensaios técnicos e que a escola pretende processá-la. "Ela não poderia ter desfilado nua. Foi convidada, mas assinou contrato com determinados termos a serem seguidos. Isso acaba denegrindo a imagem do Carnaval."
 
Após sair do desfile, Isen contou ao UOL que foi agredida por integrantes da escola. "Me jogaram no chão. Estou toda sangrando no pé. A mulher me deu um pescoção, um empurrão, me pisotearam, me chutaram, entendeu? Não sei se vou na delegacia, vou ver com a minha assessoria o que é melhor para fazer porque não vou ser agredida assim".

Ao saber que a escola pretende processá-la, Isen disse que fará o mesmo. "Vai me processar de quê? Carnaval é nudez, Carnaval é sensualidade. Existe algum contrato aonde eu digo para o presidente da escola de samba? Muito pelo contrário, a minha roupa nem seria essa. Enfim, ele vai me processar, eu também vou processar. Direitos humanos, direito da mulher, tem a lei aí, a Maria da Penha, eu fui agredida. Tenho provas."
 
                                                   (foto g1)
Já Serginho alertou que a escola pode perder pontos nos quesitos fantasia e evolução. O episódio com Isen aconteceu em frente ao módulo onde ficam os jurados que julgam harmonia e alegoria.
 
                                                                                           (foto g1)
 
Em entrevista ao UOL minutos antes do desfile, Isen contou porque queria usar o tapa-sexo. "A minha fantasia é a repúdia que todos nós brasileiros temos pela presidente da República, por toda a corrupção, falta de segurança, falta de escola, falta de hospitais. Eu vim realmente para manifestar".
 
A Unidos do Peruche era a primeira agremiação que desfilava na avenida neste sábado  A escola da zona norte de São Paulo, desfilou com o enredo "Ponha um Pouco de Amor numa Cadência e Vai Ver que Ninguém no Mundo Vence a Beleza que Tem o Samba. Cem Anos de Samba, Minha Vida, Minha Raiz".  A Escola estava fazendo um ótimo desfile, até o momento do incidente com a modelo.
 

Mocidade, Império e Dragões da Real
foram os destaques da segunda noite 
 
 
 O segundo dia de desfiles em São Paulo terminou sem atrasos para as sete escolas que passaram pelo Anhembi. Mocidade Alegre, Império de Casa Verde e Dragões da Real foram os destaques no encerramento dos desfiles do Grupo Especial.
 
Sete escolas se apresentaram no segundo dia de desfiles do Carnaval 2016 de São Paulo: Unidos do Peruche, Império de Casa Verde, Acadêmicos do Tucuruvi, Mocidade Alegre, Vai-Vai, Dragões da Real e X-9 Paulistana passaram pela avenida.

Depois da Unidos do Peruche, a Império de Casa Verde falou sobre os grandes mistérios da humanidade. A escola apostou no luxo, sem economia no uso de plumas e penas.


A Acadêmicos do Tucuruvi foi a terceira a entrar no sambódromo. A escola da Zona Norte cantou a religiosidade do Brasil, lembrando festas como o Círio de Nazaré, no Pará; a de Padre Cícero, no Ceará; e de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo.



 
                  Vice-campeã de 2015, a Mocidade Alegre fez neste ano uma exaltação ao samba e à cultura afro-brasileira. Atual campeã do carnaval paulistano, a Vai-Vai (foto) cantou um enredo com sotaque francês, trazendo para a avenida pontos turísticos de Paris e a cultura da França. Não agradou !

Penúltima a desfilar, a Dragões da Real falou do ato de dar e receber presentes. A inspiração para o enredo veio da comemoração dos 15 anos da escola.  E a X-9 Paulistana encerrou a última noite de desfiles com uma homenagem a Belém e ao açaí, fruta típica do Pará.




 

                              NO RIO, COMEÇA DAQUI
              A POUCO A FESTA MAIOR !
 
         O desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio começa neste domingo, a partir das 21h30M, no Sambódromo, no Centro do Rio. Nesta primeira noite de apresentação, o público poderá conferir o que Estácio de Sá, União da Ilha do Governador, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Grande Rio, Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos da Tijuca prepararam para este carnaval. Na segunda-feira, as outras seis escolas complementam os desfiles.
 
   Com a benção de São Jorge
 
          Quando a sirene tocar anunciando a entrada da primeira escola do Grupo Especial a pisar no Sambódromo, os 3.200 componentes da Estácio de Sá vai fazer o anúncio de uma grande celebração de fé, quase uma procissão de samba. Com as bênçãos da Arquidiocese do Rio de Janeiro, a escola vai buscar o campeonato contando e história do santo mais querido dos cariocas: São Jorge.
 
          No enredo “Salve Jorge! O guerreiro na fé”, de Chico Spinoza, Tarcísio Zanon e Amauri Santos, o Leão, símbolo da Estácio sai em busca da história do santo guerreiro na Capadócia, onde ele teria nascido. Da infância de São Jorge, passando por seu martírio até a sua adoração pelo mundo.
A escola presidida por Leziário Nascimento vai se apresentar com sete carros e um tripé e 3.200 componentes, divididos em 29 anos.

 

CANÇÕES QUE FICAM PRA SEMPRE

                                                       
                                      " T  R  A  V  E  S  S  I  A "


de: Milton Nascimento e Fernando Brant  
  
                                                    com:  Milton Nascimento

                      

 
 Sou amigo de Nelson Capucho (na foto com a filha Mariana) há mais de quarenta anos. E me acostumei a vê-lo curtindo tudo que diz respeito a MILTON NASCIMENTO. Sempre soube também que a canção preferida de Nelson é "TRAVESSIA".  Preferida dele e de milhões de brasileiros. Afinal, esta é mesmo uma daquelas "Canções que ficam pra sempre".
Conheço outras paixões musicais de Capucho, que oportunamente compartilharei com os amigos do nosso Blog. Mas a maior delas é realmente "TRAVESSIA", escrita por MILTON NASCIMENTO e FERNANDO BRANT e lançada em LP no ano de 1967
 
 
 
Travessia é o primeiro álbum de Milton Nascimento. São os músicos do Tamba Trio que acompanham Bituca.  As dez faixas do disco são:
  1. Travessia (M. Nascimento - Fernando Brant)
  2. Três Pontas (M. Nascimento - Ronaldo Bastos)
  3. Crença (Márcio Borges - M. Nascimento)
  4. Irmão de fé (M. Borges - M. Nascimento)
  5. Canção do sal (M. Nascimento)
  6. Catavento (M. Nascimento)
  7. Morro velho (M. Nascimento)
  8. Gira, girou (M. Borges - M. Nascimento)
  9. Maria, minha fé (M. Nascimento)
  10. Outubro (M. Nascimento - Fernando Brant)
 

    Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho pra falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto
Vou querer me matar
Vou seguindo pela vida, me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braco o meu viver
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar?
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto
Vou querer me matar





         Fernando Rocha Brant nasceu em Caldas, no Sul de Minas, em 9 de outubro de 1946. Era filho do juiz Moacyr Brant e da dona de casa Yolanda Brant. Aos 5 anos, ele se mudou com a família para Diamantina, que inspirou clássicos como "Beco do Mota", "Paisagem da janela" e os temas do espetáculo de dança "Maria, Maria"". Aos dez, chegou a BH, onde construiu sua carreira.

        Na capital, estudou no Grupo Barão do Rio Branco, no Colégio Arnaldo e no Colégio Estadual Central. A BH tranquila, com a garotada brincando nas ruas, marcou a obra do compositor – exemplo disso é "Bola de meia, bola de gude" ou a antológica "Saudades dos aviões da Panair", com seus bondes e motorneiros.

          O Estadual Central fez a cabeça de Fernando nos anos 1960, marcados pela efervescência política. Ele se apaixonou por Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Fernando Pessoa, García Lorca, Guimarães Rosa e Graciliano Ramos. Virou cinéfilo, tomou contato com Fellini e Orson Welles.
O Estadual, literalmente, deu livros, régua, compasso e versos aos futuro compositor, assim como as rodas boêmias de BH. Um de seus professores era o poeta Affonso Romano de Sant’Anna.
 
Arquivo Estado de Minas

                    Sua poesia sempre caiu no gosto do povo. Canção da América  (“Amigo é coisa/ pra se guardar”), Maria, Maria (“E a estranha mania de ter fé na vida”), Ponta de areia, Nos bailes da vida (“Todo artista tem de estar aonde o povo está”), Raça (“Lá vem a força/ lá vem a magia”) e Encontros e despedidas são alguns exemplos da profunda conexão de Brant com a sua gente.

                    O engajamento político daquele jovem forjado nos anos 1960 nunca esmoreceu. Com suas canções, Brant militou na campanha das Diretas-já, apoiou a cruzada do mineiro Tancredo Neves para restaurar a democracia, defendeu o direito do brasileiro à cidadania, celebrou a negritude. Também lutou arduamente por seu ofício, batalhando pelos direitos autorais. Integrou a associação Amar e dirigiu a União Brasileira dos Compositores (UBC). Militante da palavra, foi cronista do caderno EM Cultura deste Estado de Minas até o ano passado. O livro Clube dos gambás (Record) reuniu alguns textos publicados no EM.

                   Fernando  Brant morreu há menos de um ano. Tinha 68 anos de idade.  Casado com Leise Brant, o compositor deixou as filhas Izabel e Ana Luiza, o filho do coração, Diógenes, e dois netos. Milhares de fãs ficaram órfãos.

 

 Milton Nascimento nasceu no Rio no dia 26 de outubro de 1942, filho de uma empregada doméstica. E, além de compor e cantar, ele toca violão, gaita, acordeão, contrabaixo e piano. Atua em MDB, latin jazz, samba-canção, folk rock, música experimental, pop,  rock progressivo e world music. É certamente uma das mais belas vozes masculinas do Brasil.
                                    Mineiro de coração, Bituca ficou conhecido nacionalmente com a canção "TRAVESSIA",  que ele compôs em parceria com Fernando Brandt, e que foi a segunda colocada no Festival Internacional da Canção de 1967.  E "TRAVESSIA" está no vídeo acima, magnificamente interpretada por Milton.


 
  Com quase 35 álbuns gravados, Milton Nascimento ganhou 5 prêmios Grammy e especialmente o Grammy de "Best Wold Music Album in 1997."
          Bituca já se apresentou na América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África.
           Teve como parceiros e músicos que regravaram suas canções nomes famosos como Wayner Shorter, Pat Metheny, Björk, Peter Gabriel, Sarah Vaughan, Chico Buarque, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Carlinhos Brown, Fafá de Belém e a saudosa Elis Regina, que  disse certa vez: "Gosto de cantar qualquer coisa dele. Tenho loucura por ele. Só sinto medo de desagradá-lo". E ele elegeu Elis sua "musa preferida".
 


AS MELHORES DO FACEBOOK
 
Certamente não apareceu no Facebook nos últimos dias, uma postagem mais bonita do que esta que a amiga londrinense Lúcia Schimdt fez. Nunca vi uma mulher mais linda do que Liz Taylor !