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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Saco cheio de futebol

        Até a Copa do Mundo, vou ter que me aguentar. Afinal, trata-se de um evento muito especial. Uma  festa própria inclusive  para marcar uma despedida. Mas a verdade é que não estou mais aguentando mexer com o futebol. Estou pensando seriamente em mudar de vida, depois da Copa. Começo a sentir nojo, cada vez que escrevo sobre este esporte que durante muito tempo foi uma das coisas mais importantes pra mim. Mas o que era muito bom, acabou ficando muito ruim.
       A mesma sujeira que vemos todo o dia na política, na administração pública e em outros setores, eu começo a enxergar no futebol. Se esta história que envolve a Portuguesa for mesmo do jeito que estão contando, ninguém vai me convencer de que não houve um "acerto" entre várias partes, para beneficiar o Fluminense. Até dentro da Lusa. Alguém "fez gol contra", lá no Canindé.  Não venham me dizer que ainda existe ingenuidade num mundo de bandidos, como esse que caracteriza o futebol de hoje. Já estou ouvindo falar em alguns nomes que me deixam arrepiado.  Se a Portuguesa vier mesmo a perder a vaga no Brasileirão, alguém terá que sair do clube direto para a cadeia.
       Um dia, são marginais fantasiados de torcedores organizados que transformam um estádio num cenário de guerra, brigando por brigar. Puro instinto de maldade e banditismo. Proporcionam imagens que estão correndo o mundo todo e envergonhando o nome do nosso País.
        No dia seguinte, surge uma uma história sórdida como esta, envolvendo clubes que até pouco tempo eram citados  com instituições tradicionais, mas que pouco a pouco vão também se desmoralizando.
       Os orgãos que dirigem o futebol brasileiro estão igualmente infestados. Marginais assumem cargos importantes em federações, em tribunais e até em confederações. Gente de passado sujo, que mudou de ramo e agora investe no nosso promíscuo futebol.
        Jogadores e treinadores são constantemente acusados de violência, racismo e coisas piores. Os árbitros estão frequentemente no centro de grandes escândalos. E até em certos setores da imprensa  já sinto o cheiro de desonestidade. Afinal, o que é que restou de bom no  nosso futebol ?
        A comprovação de que o futebol deixou de ser coisa de gente séria, está no fato de homens comprovadamente honestos e íntegros, raramente serem encontrados no comando de clubes que no passado já foram dirigidos por figuras nobres do nosso País. Um empresário realmente sério, não se mete mais no futebol, para não se envolver em escândalos ou negociatas.
        Diante deste panorama, acho que vou direcionar minha opinião para assuntos mais sérios. E o que acontecer nesta Copa do Mundo que vem aí será fundamental para esta tomada de posição. De uma coisa estou certo: no meio da sujeira eu não vou ficar.

Não deu pra torcer contra. Mas...

      Eu escrevi, um dia destes aqui, que torceria contra a Ponte Preta, por entender que seria injusto tirar a vaga do quarto colocado do Brasileirão (o Botafogo) para colocar a Macaca na Libertadores, se ela viesse a ganhar a Sul-Americana. Mas na hora do jogo, ontem à noite, meu coração brasileiro não deixou. Torci para o time campineiro, mas passei raiva. Foi uma pipocada e tanto. A equipe não fez nada. Nem bater nos caras ela bateu. Basta dizer que aos 40 minutos do segundo tempo, nenhum jogador da Ponte havia recebido cartão amarelo. Só nos minutinhos finais "pintou" um amarelinho para o Felipe Bastos. Tremeu de medo o jogo inteiro. O time do Nilson Monteiro não tinha coragem nem pra bater. Mas era mesmo muita pretensão, querer que uma equipe da nossa Segunda Divisão ganhasse um título em cima de um clube da Primeira Divisão Argentina. E lá na casa dele ainda.  Não tinha mesmo condições.
                                        
                                             A Ponte correu atrás dos gringos o jogo inteiro
        O Lanús liquidou o jogo no primeiro tempo, que já terminou com 2 a 0, que foi o placar final. Ayala aos 24' e Blanco aos 48' acabaram com o sonho campineiro. O domínio foi absoluto. Os brasileiros só marcaram, quase não atacando. Arriscaram um pouquinho na fase complementar, mas não me lembro de uma defesa realmente importante do goleiro Marchesin. E também não me lembro de outra decisão tão fácil como esta. Ora, vai pentear "macaca".

                                            Olha o Blanco aí, comemorando o segundo gol
 
 
      

Pérolas que o Facebook nos traz

 
          O amigo Valmir Grein, postou esta, lá em Santa Catarina. Depois do que aconteceu domingo em Joinville, dizem que é o novo símbolo da Copa 2014