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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Quem disse que senador não vai preso ?




                         A prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) realizada pela Polícia Federal nesta quarta-feira, quebrou um velho tabu, segundo o qual, um senador em exercício não ia pra cadeia.
 Ex-ministro de Minas e Energia e ex-diretor da Petrobrás, Delcídio é o primeiro senador em exercício  que é preso desde a Constituição de 1988.  Se ele vai ficar preso atrás das grades, aí já é um outro assunto !
Quem gosta de esporte vê de tudo !





                 É certo que foi o meu saudoso pai que me tornou assim, um apaixonado pelo esporte. Quando eu era criança, nas manhãs de domingo ele me levava pelos clubes, campos e diversos locais de Pelotas-RS, para ver os mais variados esportes. Até regatas, halterofilismo, brigas de galo, todo o tipo de esporte. Acho que foi isso que acendeu o meu interesse definitivo para a prática esportiva. E até hoje vivo atrás de competições de qualquer gênero.
 
                Ontem, por exemplo, tirei parte do meu tempo  para assistir pela televisão um pouco do Campeonato Mundial de Levantamento de Peso, que está sendo disputado em Houston, nos Estados Unidos. E curti uma ótima noite.
 
                 Pude conhecer melhor o campeão olímpico e recordista mundial Lu Xiaojun (foto), um chinês de 31 anos que domina na categoria 77 kg. Ele chegou ao certame com o recorde mundial do arranco na marca de 176 kg. É incrível a facilidade com que ele eleva o peso.
 
                 O predomínio dos asiáticos na modalidade é grande. Neste Mundial de Houston, além dos chineses, também se destacam atletas da Coréia, do Cazaquistão, da Armênia, do Egito, da Rússia, da Polônia e de outros países do leste europeu.
 
              


                                              T  A  L  H  A - M  A  R
 
           Comece curtindo o canto  do  TALHA-MAR, que é o 33º animal apresentado na série "Bicho Amigo".

                                                                Clique no vídeo e ouça                                                             

                        

                                            O TALHA-MAR é também conhecido por outros vários nomes: Corta-água, Talha-mar-preto, Corta-mar, Bico rasteiro, Gaivota de bico-tesoura e Paraguaçu. Ele está presente nos grandes rios e lagos do Brasil, durante suas migrações. Isto ocorre desde os Estados Unidos até a Terra do Fogo, na Argentina.
                 Na verdade, as espécies de corta-mar distribuem-se por vários continentes. Escolhem sempre as faixas litorâneas, os grandes rios e lagos. Raramente são encontrados em mar aberto.  Preferem sempre a beira-mar. Vivem pelas praias, descansando em meio a outras espécies, como gaivotas e trinta-réis. 
 
 
                                             Seu nome deve-se a forma do bico e ao modo como o usa para caçar sua presas, realmente peixes e crustáceos.  Ele voa baixo e com a mandíbula inferior cortando a superfície da da água. Vai então capturando os peixes que se chocam contra o bico. A extremidade afiada do bico e a força dos músculos do pescoço permitem-lhe segurar as presas e retirá-las da água. Sem jamais mergulhar a cabeça.
 
 
                                        O talha-mar é uma ave social, que vive em colônias formadas muitas vezes por milhares de casais.
Ele prefere pescar durante o crepúsculo e a noite, quando captura seus peixes e camarões
 

 
A reprodução ocorre em colônias. Eles escavam um buraco na areia, em praias de grandes rios da Amazônia e do Centro-oeste. Põe de 2 a 4 ovos amarelados, manchados de marrom escuro.
A incubação dura 21 a 26 dias, mas o grande perigo é captura dos ovos pelo homem, ameaçando as colônias em algumas regiões.
 
 
 
 
 
 
 

                                                      

Uma explicação necessária !




           Como frequentemente tenho discordado das críticas desrespeitosas, que rotineiramente são feitas à presidente Dilma Rousseff e ao seu partido, muitos amigos acreditam que eu seja um adepto do Partido dos Trabalhadores. Já tentei desmistificar isto, mas acho que não consegui.

             Não sou petista e não tenho qualquer tipo de vinculação política. O PT é pra mim um partido igual aos outros, com alguns acertos e muitos erros. Com muitas pessoas honestas e muitas desonestas. Certamente não é o pior partido que existe no Brasil, tenho visto outros bem piores. Mas também não garanto que seja o melhor. Na realidade, acho que a política brasileira é muito ruim.

              Apenas uma vez na vida eu me senti atraído por um movimento político. Era jovem, 20 anos, e cheguei a seguir os passos de um dos maiores líderes trabalhistas que conheci: o saudoso Fernando Ferrari. Tinha vinte anos a menos do que ele, mas consegui entender sua mensagem, embora sem ser um ruralista e ele fosse um ardoroso  defensor de melhores condições de vida para a população rural.

                                                        Ferrari com Jango e Brizola
 
            Fernando Ferrari, Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola foram os únicos políticos que chegaram a "fazer a minha cabeça".  Após deixar o PTB, Ferrari transformou o Movimento Trabalhista Renovador num partido, o MTR, único que conseguiu me fazer assinar uma ficha de filiação.


            Depois de ter sido várias vezes deputado (estadual e federal), chegou a ser o candidato a deputado mais votado do Brasil em 1958.  Ferrari, chamado de "o político das mãos limpas" , morreu aos 42 anos, num desastre aéreo ocorrido em maio de 1963, no município de Torres, no norte gaúcho. Deixou várias obras, entre as quais os livros "Minha Campanha" e "Escravos da Terra". E também deixou como legado o Estatuto do Trabalhador Rural, projeto de sua autoria, aprovado menos de três meses antes da sua morte.



             Que fique bem claro a partir daqui. Não sou Lulista, fui Ferrarista.  Não sou do PT, meu único partido foi o MTR.  Só que nunca vou concordar, quando ler ou ouvir críticas desrespeitosas ao presidente do meu país. Seja ele de que partido for !


Londrina 2016 !



        Não sei se Dagoberto ou Léo Moura ajudariam para a montagem de um time forte. Talvez o Dagoberto tivesse uma boa motivação, por ter começado sua carreira aqui na cidade. Seria uma questão de conversar com ele. Quem sabe poderia formar uma boa dupla de líderes, com o Germano.
 
        De qualquer forma, é bom ver que o Londrina ainda tem torcedores ambiciosos, e não somente aqueles que dizem "amém" pra tudo o atual comando faz. Se o Tubarão integra agora o grupo dos "maiores 40 clubes do Brasil", tem que se comportar como tal, com técnico bom, jogadores bons e torcida apaixonada, mas exigente.
CANÇÕES QUE FICAM PRA SEMPRE

                                  "P R A    N Ã O   D I Z E R   Q U E 
N Ã O   F A L E I   D E   F L O R E S"
                   G e r a l d o     V a n d r é


                      

                                                  Duas solicitações feitas por especiais amigos meus trazem para esta quinta música da série "Canções que ficam para sempre" um verdadeiro hino da MPB, nascido nos tempos da Ditadura e dos Festivais. Aqui está a canção "PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES", composição do paraibano GERALDO VANDRÉ, segunda colocada no 3º FIC (Festival Internacional da Canção) realizado pela TV Globo em 1968.

                Os amigos que originaram esta postagem são pessoas estreitamente ligadas a mim. Tarciso José Rodrigues Rodrigues é meu estimado genro, e Sonia Beatriz Veitas Sampaio minha "sobrinha" e queridíssima dentista. Coincidentemente, os dois tiveram como pai, homens que gostavam muito da canção "Pra não dizer que não falei de flores".
                Sonia nunca esqueceu que seu pai, o saudoso médico Osmar Sampaio, usava o refrão da canção ("vem, vamos embora / que esperar não é saber ...") para incentivar seus seis filhos a intensificar os estudos, particularmente na época em que eles se preparavam para prestar vestibulares). Quando o dr.Osmar começava a cantar o refrão,  os meninos tratavam de se fechar no quarto e estudar.
                 E Tarciso, que herdou do seu saudoso pai inclusive o nome, recorda da paixão que o seo Tarciso José tinha por "Pra não dizer que não falei de flores".
 

                                              A canção "Pra não dizer que não falei de flores"  também era conhecida como "Caminhando". Escrita para o FIC de 1968, ela ficou em segundo lugar e teve sua execução proibida durante anos, após tornar-se um hino de resistência do movimento civil e estudantil que fazia oposição a ditadura miliar brasileira e ser censurada.
                                           Mas já no Maracanãzinho, o público se revoltou porque a canção não ficou em primeiro lugar no FIC, perdendo para a música "Sabiá", de Chico Buarque e Tom Jobim. Alguns jurados foram hostilizados e tiveram seus carros apedrejados.  Só anos mais tarde, em 1991, o ex-diretor da Globo, Walter Clark, revelou em sua autobiografia, que a direção da emissora havia recebido ordens do comando do I Exército para que nem "Caminhando" nem "América, América", de Cesar Roldão Vieira, vencessem o festival.

 
                                           A melodia da canção tem mesmo o rítmo de um hino, e sua letra possui versos de rima fácil, quase todos terminados em "ão", o que facilitou a memorização por parte das pessoas, que logo começaram a cantar a música nas ruas.
                                            E na letra, Vandré citava a luta armada e a imobilidade das pessoas que defendiam a democracia, criticava os movimentos que pregavam "paz e amor" e tentava mostrar que de nada adiantava falar de flores aos que atacavam com armas.
 
 
                                             O sucesso da canção, incitando o povo a resistência,  foi tão grande que levou os militares a proibí-la, usando como pretexto "a ofensa "  à instituição, contida nos versos "Há soldados armados, amados ou não / Quase todos perdidos de armas na mão / Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição / de morrer pela pátria e viver sem razão." 
 
 
                           Geraldo Pedrosa de Araújo Dias é o nome de registro de Geraldo Vandré, nascido em João Pessoa, na Paraíba, e que hoje está com 80  anos. Ele veio para o Rio em 1951, ingressando na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Militante estudantil, participou ativamente do Centro Popular de Cultura da UNE. 
 
                            Grande compositor, Vandré já em 66 dividiu o primeiro lugar do Festival da Record, com o grande sucesso "Disparada", interpretado por Jair Rodrigues. Dois anos depois, com a repercussão de "Pra não dizer que não falei de flores", começou a ser pressionado pela Ditadura. Até que, em 68, com a chegada do AI-5 foi obrigado a exilar-se no Chile e depois na França. Só voltou em 1973.
 
 
            Entre as demais excelentes canções de Geraldo Vandré estão  "Fica mal com Deus",  "Arueira", "Porta Estandarte",  "Berimbau",  "Quem é homem não chora",  "Sonho de Carnaval" e muitas outras.

                             













                             

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Esta de hoje vem lá da minha Pelotas-RS, postada pela ótima amiga Gigi Duarte. E que mensagem verdadeira, hein ?