A cada jogo que se realiza, desmistificam-se os grandes favoritos desta Copa. Todos eles têm enfrentado momentos de terrível aflição para continuar na briga pelo título mundial. O que já havia acontecido com Brasil, Holanda, França e Alemanha, voltou a ocorrer, desta vez com a Argentina, que precisou de muita sorte e competência para superar a Suíça no finalzinho do segundo tempo da prorrogação, nesta terça-feira à tarde na Arena Corinthians, em São Paulo.
As estatísticas do jogo mostram que os argentinos foram muito superiores aos suíços. Senão vejamos: posse de bola, 62% a 38%; escanteios, 13 a 5; chutes a gol errados, 29 a 14; e chutes que acertaram o gol, 29 a 14. Mas de que valeria tudo isso, se Palácio não tivesse roubado aquela bola e entregado a Messí. O gênio argentino executou um passe milimétrico para Di Maria, que chutou forte, no canto do goleiro Benaglio. Argentina 1 a 0, gol aos 118 minutos de jogo. Ou seja, aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação. Além de competência, é necessário mesmo que um time tenha muita sorte para ganhar uma partida decisiva nestas condições.
A Argentina não caiu muito de produção, em relação à vitória anterior, sobre a Nigéria, por 3 a 2. E os suíços também não foram superiores aos nigerianos. Mas espírito do jogo de hoje era outro. Valia uma vaga para o grupo das oito melhores seleções da Copa do Mundo. Foi tudo diferente, muito mais tenso, muito mais dramático.
Lionel Messi não fez gol e não chegou a ser super-brilhante. Mas mostrou sua condição em alguns lances isolados e fez o passa certo, na hora certa e para o cara certo, porque Di Maria foi o melhor atacante da Argentina na partida de hoje.
Depois do que aconteceu hoje, nesta rodada de encerramento das oitavas-de-final, já não se pode mais dizer determinada seleção está melhor ou pior do que as outras. Qualquer palpite passou a ser uma "grande loucura".
No último lance do jogo, a Suíça ainda acertou a trave argentina