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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

domingo, 29 de outubro de 2017

Que objeto é este, que
 passou por baixo da Terra ?





              Pode ser o primeiro “objecto interestelar” a ser observado e registado por cientistas oriundo de um outro ponto da galáxia que não o nosso sistema solar: na quinta-feira, a Nasa revelou que foi recentemente descoberto um pequeno asteróide (ou cometa), de cerca de 400 metros de diâmetro, que passou perto da órbita do Sol e da Terra entre Setembro e Outubro, numa trajectória veloz e muito pouco regular.



“Estivemos à espera deste dia durante décadas”, assinalou Paul Chodas, o director do Center for Near-Earth Object Studies (CNEOS), um departamento da Nasa que estuda objectos cuja órbita se aproxima da Terra. “Há muito que se pensa que estes objectos existam – asteróides e cometas que se movem por entre as estrelas e que, ocasionalmente, passam pelo nosso sistema solar – mas esta é a primeira vez que é detectado [um desses objectos]”, explicou, citado pela Nasa.
O objecto veio dos lados da constelação Lira (uma pequena constelação observada no Hemisfério Norte que contém a estrela Vega, uma das mais brilhantes do nosso céu nocturno) e atravessou o espaço sideral a uma velocidade de 25 quilómetros por segundo. O objecto surgiu “de cima” do plano onde os planetas orbitam o Sol, passou entre a órbita de Mercúrio e o Sol. O mais próximo que esteve da estrela foi a 9 de Setembro último.
Por causa da atracção exercida pela gravidade do Sol, a trajectória do asteróide fez uma curva e começou a passar “por baixo” do sistema solar. Foi a 14 de Outubro que o asteróide passou por baixo da Terra – mas não tão perto assim: o objecto estava a uma distância de 24 milhões de quilómetros (60 vezes a distância da Terra à Lua). Agora, o objecto celestial viaja a 44 quilómetros por segundo e está a mover-se em direcção à constelação de Pégaso.
“Esta é a órbita mais radical que já vi”- disse o cientista Davide Farnocchia, do centro de investigação CNEOS, na Califórnia. “Move-se extremamente rápido e numa trajectória tal que podemos dizer com confiança que este objecto está a sair do sistema solar e não regressará”- afirmou ainda. A sua órbita, em forma de hipérbole, é forte o suficiente para escapar à atracção gravitacional do sol.
O objecto – que, por agora, tem o nome de A/2017 U1 – foi descoberto a 19 de Outubro por um telescópio na Universidade do Havai e foi Rob Weryk, um investigador no instituto de astronomia da universidade, o primeiro a identificá-lo. Apercebeu-se logo que se tratava de um objecto invulgar pela sua órbita estranha, que não encaixava com as órbitas normais de asteróides e cometas do Sistema Solar. Mas, após uma análise de todos os dados recolhidos, surgiu uma teoria que fazia sentido: o objecto vinha de fora do sistema solar.

                                     A trajetória do "objecto interestelar" NASA/JPL-CALTECH

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