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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

      O maior puxador de samba enredo das Escolas cariocas e uma voz como poucas (bem poucas) . Sempre é tempo de homenagear

                                                          J A M E L A O

                         

                           Já se passaram sete anos, desde que Jamelão nos deixou, mas sua voz continua viva na memória de todos os que acompanharam sua trajetória brilhante. O maior puxador de samba que a Mangueira e o Carnaval Carioca já tiveram, foi também o intérprete favorito do grande compositor  Lupicínio Rodrigues, como se pode ver no vídeo que abre esta postagem, com apresentação de Osvaldo Sargentelli. E se o amigo desejar, na sequência do mesmo vídeo poderá ouvir o disco completo de Jamelão cantando Lupi.


                              José Bispo Clementino dos Santos era o nome completo do carioca Jamelão, que nasceu no bairro de São Crisovão, cresceu no Engenho Novo e morreu aos 95 anos, sempre apaixonado pela sua Mangueira.

                             Jamelão teve infância difícil, com pais separados e um começo de trabalho bem cedo, para ajudar no sustento da família. Mas,um dia, ele foi levado por um amigo para conhecer a Estação Primeira de Mangueira e se apaixonou por ela. Começou a participar ainda jovem, tocando tamborim na bateria da Escola, e depois acabou se tornando um dos seus principais intérpretes.
                              Passou do tamborim para o cavaquinho e depois conseguiu trabalho no rádio e em boates. Foi "corista" de Francisco Alves, famoso cantor da época e, em certa noite, assumiu o lugar de Chico Viola para cantar uma música de Herivelto Martins.


                       






     
Mas a consagração veio mesmo como cantor de samba, primeiro na Odeon, em seguida na Philips e mais tarde na Continental, onde gravou a maioria dos seus álbuns para a RGE e posteriormente para a Som Livre.
                                
                             Entre seus grandes sucessos estão estão "Folha Morta" (Ary Barroso), "Leviana" (Zé Kéti), "Matriz ou Filial" (Lúcio Cardim),  "Fechei a Porta" (Sebastião Motta/Ferreira dos Santos) e mais "Não põe a mão", "Eu agora sou feliz",  Quem samba fica", "Exaltação a Mangueira"           e tantos outros. Mas o que eu gostava mesmo era de ouvir Jamelão  cantando as canções de Lupicínio Rodrigues.





                           
   Começou a interpretar os sambas da Mangueira bem 1949, e em 52 sucedeu Xangô da Mangueira, que até então era o principal puxador da escola. E Jamelão ficou no posto até 2006, quando sofreu dois enfartes.  Diabético e hipertenso, teve a saúde complicada, vindo a falecer no dia 14 de junho de 2008, aos 95 anos.
                  

                        A música que mais me emociona na voz de Jamelão, é de Lupicínio Rodrigues, claro:  "Ela disse-me assim / Tenha pena de mim / Vá embora / Vai me prejudicar / Ele pode chegar / Está na hora  ..."

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