Ontem, exatamente no dia em que completava 67 anos, o cineasta, roteirista, ensaísta e professor Carlos Reichenbach faleceu em São Paulo. Ele passou mal em casa e foi levado ao hospital, onde morreu de causa ainda não divulgada.
Na verdade, Carlão (como era conhecido) teve cumprido um dos seus maiores desejos: morrer trabalhando. É o que ele vinha fazendo normalmente, e a notícia de sua morte foi recebida por todos com grande surpresa, embora ele enfrentasse problemas cardíacos e de visão.
Considerado um mestre na arte do cinema, Carlos Reichenbach nasceu em Porto Alegre, mas foi ainda bebê para São Paulo, onde estudou na Escola de Cinema São Luiz. Seus primeiros longas surgiram no fim da década de 60: "As Libertinas" e "Audácia, a Fúria dos Desejos".
Dirigiu ao todo 22 filmes, entre os quais alguns títulos cultuados, como "A Ilha dos Prazeres Proibídos", "Império do Desejo", "Anjos do Arrabalde" e "Alma Corsária". Foi um dos precursores do cinema marginal. Seu último filme foi "Falsa Loura", e ele ainda atuou como diretor de fotografia em outros 38 longas. Reconhecido internacionalmente, teve uma mostra de sua obra exposta em Roterdã, na Holanda.
Carlão também foi professor de cinema da USP, e era casado com Lygia Reichenbach, deixando três filhos e uma neta.
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