Em termos de futebol, não dá para explicar uma goleada de 7 a 1 numa semifinal de Copa do Mundo, especialmente quando o derrotado é o time da casa. Prefiro buscar a explicação em outros esportes, particularmente nas lutas de box, MMA, judô ou qualquer outra. Até porque não vi diferença nenhuma entre esta derrota e aquela sofrida por outro brasileiro, o Anderson Silva, que não conseguiu lutar e acabou sendo mandado para o hospital, nocauteado pelo adversário norte-americano, há pouco tempo.
Pois foi mais ou menos assim que a Seleção Brasileira sofreu esta tarde, no Mineirão, o pior revés revés da sua história. Provavelmente, está nascendo o "Mineiraço". E é muito pior do que o famoso "Maracanaço" da Copa de 1950, quando o Brasil foi derrotado pelo Uruguai na final, por dois a um. Pior mesmo, porque desta vez nem teremos o direito de jogar no Maracanã, o maior e mais tradicional estádio do País.
(G1)
Ouvi muita coisa hoje, correndo todas as emissoras de TV que cobriram o jogo. Alguns comentários coerentes e equilibrados. Outros saídos de bocas oportunistas, aquelas que botam as pessoas pra cima, mas na hora da derrota jogam sobre elas toda a responsabilidade. São os mesmos que elegeram Fernando Collor e depois fizeram questão de se colocar entre os que cassaram o então presidente. Gente que pula de um lado para o outro, só para ficar entre os que estão com a razão. Sei que os amigos do Blog sabem perfeitamente a quem estou me referindo.

Nos meus quase quarenta anos de comentarista esportivo, sempre preferi alertar antes do que pisar sobre os derrotados. Nunca fui de "chutar cachorro morto". E não será agora que vou fazê-lo. Nesta Copa, chamei a atenção sobre o rítmo sempre preguiçoso dos treinamentos. Sobre as"frescuras exageradas", como pintura de cabelos e outras inutilidades. Sobre o desgaste sofrido pela mentalidade do técnico Felipão que, como todas as pessoas, envelheceu e perdeu a rapidez de raciocínio. E sobre a falta de qualidade de alguns jogadores, cujo maior exemplo é o centroavante Fred. Na terra dos maiores comandantes de ataque das Copas, como Romário e Ronaldo, nosso camisa 9 conseguiu sair desta Copa sob uma das maiores vaias da história. Tudo isso foi alertado aqui no Blog. Por mim ou pelos seguidores que sempre postam comentários sob as nossas opiniões.
Mas hoje não vou dirigir uma crítica pessoal a este ou aquele jogador ou treinador. Vou apenas, no seguimento seguinte, destacar detalhes importantes que marcaram esta trágica derrota para os alemães.