Quem sou eu

Minha foto
Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

      Neste desfile de grandes artistas do passado e do presente, ele não poderia ficar de fora. Com a elegância que poucos cantores tiveram, ele ultrapassou épocas, sempre respeitado. Começou a cantar em 1927 e só parou para morrer, em 1998.

                            S I L V I O          C A L D A S

                    

                              Costumo dizer que quem nunca ouviu SILVIO CALDAS cantar (uma canção que seja), não sabe nada sobre a música popular brasileira. Porque ele é a própria história da nossa MPB e sempre será lembrado. É o "Caboclinho Querido", apelido que lhe foi dado por Cesar Ladeira nos áureos tempos do rádio brasileiro.
                     E neste vídeo, gravado no Programa Silvio Santos , dois anos antes de sua morte, nosso grande astro ainda mostrou como é possível alguém cantar aos 87 anos. Ouçam com atenção, porque vale a pena. É um documento histórico da nossa música. Mesmo porque, ele canta "CHÃO DE ESTRELAS", um verdadeiro hino da nossa canção.

                                  Silvio Antônio Narciso de Figueiredo Caldas nasceu no Rio de Janeiro, no dia 23 de maio de 1908. Portanto, se ainda estivesse vivo, já teria 107 anos.  Ele faleceu  em Atibaia (SP), no dia 3 de fevereiro de 1998. Começou a cantar em 1927, mas só gravou seu primeiro disco em 1931. Foi o samba "Faceira" . Naquele tempo, um artista tinha primeiro que provar sua capacidade cantando no rádio, para depois gravar. Bem ao contrário do que ocorre hoje, quando qualquer cantorzinho logo grava o seu disco.
 
                                    Mas depois do primeiro disco,  Silvio passou quase toda a sua vida gravando. Foram muitos os compositores que entregaram canções para Silvio gravar. Gente conhecida, como Custódio Mesquita, João de Barro, Noel Rosa, Benedito Lacerda, Herivelto Martins, Evaldo Rui, Bororó, Ari Barroso, Joubert de Carvalho, Manuel Bandeira, Sadi Cabral, Jorge Faraj, Luis Peixoto  e muitos outros autores, entre os quais Orestes Barbosa, parceiro de Silvio Caldas na composição de "Chão de Estrelas".

 
                                 Mais difícil ainda é apontar os grandes sucessos de Silvio Caldas. Foram dezenas de canções que estouraram nas paradas das emissoras de rádio. As minhas prediletas foram: "As Pastorinhas", de João de Barro e Noel Rosa;  "Da Cor do Pecado", de Bororó, canção pela qual tenho verdadeira paixão :"Esse corpo moreno / Cheiroso e gostoso / Que você tem..."   É mesmo inesquecível.
                                 E seguem-se outras, como "Deusa da Minha Rua", de Newton Teixeira e Jorge Faraj;  "Maria", de Ari Barroso e Luis Peixoto;  "Mimi", de Uriel Lourival;  "Minha Palhoça", de J.Cascata;  "Morena Boca de Ouro" (Ari Barroso);  "Na Baixa do Sapateiro" (Ari Barroso) ; "Três Lágrimas" (Ari Barroso) e "Velho Realejo", de Custódio Mesquita e Sadi Cabral. E na certa estou deixando de citar outras canções maravilhosas.

                           O último show de Silvio Caldas  aconteceu em 1997, um ano antes de sua morte,  no Sesc Pompéia, em São Paulo, ao lado de outros cantores importantes: Miltinho, Noite Ilustrada e Trovadores Urbanos. E a última música que Silvio gravou em estúdio foi "Beco Sem Saída"


                                     



                                        

                             

                              

Nenhum comentário:

Postar um comentário