O risco que corre o ministro-relator

             O Brasil inteiro está preocupado com a segurança pessoal do ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa (foto), que é o relator do caso mensalão. Sua ação destemida durante os primeiros 30 dias de julgamento está sendo elogiada pela maioria dos brasileiros, mas certamente tem muita gente querendo a cabeça dele.
              O STF é a maior instância da Justiça do Brasil, mas isto não garante que seus ministros não possam ser alvos de atentados criminosos. Os brasileiros não conheciam a fundo toda esta coragem de Joaquim Barbosa, que já  começa a ser tratado como um símbolo da Justiça do País. Mas o número de pessoas que ele já condenou neste julgamento e, especialmente o nível de influência destas pessoas, tornam-se praticamente um bomba que pode explodir a qualquer momento.

              Sem consultar a presidente Dilma Rousseff, a cúpula do Exército Brasileiro destacou os melhores e mais preparados oficiais da Inteligência para dar proteção diuturna ao ministro Barbosa.  Na verdade, a situação é tão grave e o risco é tão grande que o Exército acabou passando por cima da Presidência da Repúblicfa, do Ministério da Justiça e da cúpula  da Polícia Federal. E a presidente Dilma não gostou.
             Outros dois ministros - Ricardo Lewandowski e José Antonio Dias Tóffolli, reconhecidamente ligados ao PT - também estão contando com escolta, mas da Polícia Federal.A relação entre a presidente a PF e o Exército está abalada.