Pavoroso indêndio
no centro de São Paulo
- As chamas começaram por volta da 1h30m no 5º andar. O prédio de 24 andares abrigava ocupação irregular. A Prefeitura de São Paulo diz que 92 famílias estavam no local
O edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou em incêndio de grandes proporções no Centro de São Paulo na madrugada desta terça-feira, havia sido tombado em 1992 por ser considerado "bem de interesse histórico, arquitetônico e paisagístico", o que garantia "a preservação de suas características externas".
Projetado em 1961 pelo arquiteto Roger Zmekhol, tinha 24 andares e ficava na região do Largo do Paissandu. Desde setembro de 2002, pertencia à União. Ele chegou a abrigar a sede do INSS e da Polícia Federal.
Comerciantes das proximidades do Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, onde dois prédios pegaram fogo e um deles desabou na madrugada desta terça-feira, relatam correria nas ruas, com clientes deixando hotéis vizinhos às pressas.
Ao menos três pessoas estão desaparecidas, mas o número pode aumentar. Mais cedo, o Corpo de Bombeiros informou a morte de um morador, porque ele caiu enquanto estava sendo resgatado, mas a vítima não foi encontrada.
As testemunhas dizem que quebraram vidraças, se espalhando rapidamente pelos andares e atingindo os prédios vizinhos. " Eu estava em horário de serviço e escutei várias pessoas gritando, barulho de vidros caindo. Quando fui ver o que era, as ruas, que estavam desertas, ficaram cheias de pessoas desesperadas "- disse o recepcionista Flávio Gabia, que trabalha em um hotel no Largo do Paissandu.
O presidente Michel Temer, que já estava em São Paulo, foi hostilizado em breve passagem pela região do incêndio no Largo do Paissandu. Ele disse poucas palavras e saiu rapidamente do local.
"Eu não poderia deixar de vir aqui, sem embargo dessas manifestações, porque, afinal, eu estava em São Paulo, e ficaria muito mal eu não comparecer aqui para dar apoio aqueles que perderam suas casas" - afirmou Temer.
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