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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

A morte de Rogéria !




                Eu morava no Hotel Monções, na Avenida Paraná, centro da cidade, nos anos 60, quando ouvi falar pela primeira vez em Rogéria. Ela chegou com um grupo de travestis já conhecidos, para fazer shows em Londrina. Era a mais nova do grupo, mas já foi a que chamou mais a atenção, circulando pelos corredores do Monções, onde os artistas ficaram hospedados. Rogéria parecia mesmo uma linda mulher.  Ainda me lembro, foram três ou quatro dias de grande agitação, com a presença das "girls", que fizeram muito sucesso por aqui.


             Pois ontem à noite, aos 74 anos,  a hoje consagrada atriz Rogéria, morreu poucas horas depois de voltar a ser internada em um hospital na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, com uma nova infecção urinária.  A morte dela foi confirmada pelo empresário dela, Alexandro Haddad, por telefone. Abalado, ele não quis dar mais informações na hora.

           Rogéria já havia sido internada em julho, depois de sentir fortes dores nas costas. Realizou uma bateria de exames, que apontaram para uma infecção urinária. Ela foi deslocada para a UTI e recebeu alta duas semanas depois.  "Eu sabia que ela era respeitada e querida, mas não tinha noção de que o Brasil inteiro estava orando por ela" - comentou o empresário dela, na ocasião.
                  Nascida como Astolfo Barroso Pinto em 25 de maio de 1943, em Cantagalo, interior do Rio, Rogéria –que se dizia a "travesti da família brasileira"– era uma das transformistas mais antigas em atividade no Brasil e um dos ícones da causa LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros).
                  Ela usava roupas e maquiagens femininas desde a adolescência e se considerava transgênero, mas nunca teve vontade de realizar a cirurgia de redesignação sexual.

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