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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

O que vai rolar na reunião
  desta tarde em Brasília?


          Na reunião de daqui a pouco, às 14h30m, o presidente Temer pode começar a cair 



                  O presidente Michel Temer (PMDB) e seus aliados no Congresso dão como certo que o relatório do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) será favorável à aceitação da denúncia contra o peemedebista. O voto do parlamentar será lido na tarde desta segunda-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que fará a primeira votação sobre a acusação de corrupção passiva contra o presidente da República
                Apesar de a deliberação ser simbólica – a palavra final será do Plenário de qualquer forma –, são necessários 34 dos 66 votos da CCJ para a aprovação do parecer. Com a expectativa do relatório de Zveiter, Michel Temer antecipou em um dia a volta do G-20, realizado na Alemanha, e se reuniu com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira, no Palácio do Jaburu, para discutir a crise política.
                    Mais tarde, ele traçou estratégias com ministros e líderes governistas em encontro no Palácio do Alvorada. O presidente demonstrou preocupação e pediu empenho da base para que a CCJ rejeite a admissibilidade da denúncia, feita pelo procurador-geral Rodrigo Janot, com base nas delações de executivos do grupo JBS. Apesar de uma vitória na Comissão não encerrar o assunto, tem peso político para a disputa no Plenário.
              O governo quer o fim das discussões até a próxima segunda-feira, véspera do recesso parlamentar. “O presidente quer acelerar o mais rápido possível. O país não pode ficar sangrando”, declarou o deputado Fausto Pinato (PP-SP), um dos que participaram da reunião. Além de deputados, também participaram do encontro os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Antonio Imbassahy (Governo) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores).
                  Se o parecer de Sérgio Zveiter for a favor da aceitação da denúncia, aliados dizem ter os votos necessários para rejeitá-lo. “Não vou poder agradar a todo mundo, mas não vou fazer nada deliberadamente para desagradar a ninguém”- disse o deputado. Visto como um parlamentar descolado do Palácio do Planalto, reiterou que seu voto será técnico, “totalmente isento” e de acordo com a sua “consciência”. “Quem vai dar a solução para o problema e para a população é o plenário” - disse Zveiter.
                 O relator Zveiter não pediu nenhuma extensão de prazo e cumprirá o acordo de apresentar seu parecer à CCJ dentro do prazo de cinco sessões plenárias, o que frustrou a oposição. “Se ele votar com o governo, ele vai ficar desmoralizado”- afirmou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
               O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), afirmou que a base está pronta para derrubar um parecer pró-denúncia. Ignorando o movimento que já fala em uma eventual substituição de Temer por Rodrigo Maia, Moura afirmou que o governo terá mais de 40 votos na CCJ e vitória folgada no plenário. “A nossa base está muito coesa, muito unida, e consciente de que não tem nada de maior gravidade no diálogo do presidente com o Joesley”, disse. “Vencida esta etapa, nós iniciamos, com foco prioritário, o plenário” - afirmou.

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