A nossa primeira
medalha foi de prata
Odair Santos garantiu a prata para o Brasil nos 5 mil metros categoria T11 (cego total) ao conseguir uma virada nas voltas finais, quando ultrapassou os adversários e chegou na segunda colocação, atrás do queniano Samwel Kimani.
A prova teve um significado especial para ele, que vinha de uma grande frustração no Mundial de Paratletismo em Doha, em outubro do ano passado. Na ocasião, Odair liderava a longa prova com folga, mas nos metros finais foi abatido por uma hipetermia e caiu. Quando conseguiu se levantar com a ajuda do seu guia, o adversário já o havia ultrapassado. Andou mais alguns metros até tropeçar de novo. Mais dois adversários passaram por Odair, que tinha dificuldades até para se manter de pé. Ele finalizou a prova e desabou no chão, bastante decepcionado com o resultado.
Agora, aos 35 anos e disputando a Paralimpíada pela quarta vez, Odair celebrou a conquista com uma torcida barulhenta, que o empurrou ao longo de toda a prova - especialmente nas últimas voltas, quando ele acelerou para ultrapassar os adversários. Ele chegou a liderar, mas o queniano Samwuel Kimani foi mais rápido e ficou com o ouro.
Odair descobriu que estava perdendo a visão quando tinha 9 anos. Ele sofre de retinose pigmentar e, quando disputou suas primeiras Paralimpíadas, em Atenas, 2004 e Pequim, 2008, ainda tinha um pouco da visão. A partir de 2010, não enxergava mais nada e mudou para a categoria T11, de cegos totais, na competição. Como campeão mundial, ele é favorito também para a prova dos 1,5 mil metros e voltará às pistas neste domingo.
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