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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

terça-feira, 16 de agosto de 2016



  O    S O C O       D O U R A D O 

   D E     R O B S O N

                            C O N C E I Ç Ã O

     


       O baiano de 27 anos superou o francês Sofiane Oumiha e garantiu o maior feito de um pugilista brasileiro na história das Olimpíadas. É o primeiro ouro da história do boxe que o Brasil conquista na competição. Foi agora à noite no  Pavilhão 6 do Rio Centro.


       O caminho até o lugar mais alto do pódio nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro era árduo. O chaveamento previa o duelo contra dois campeões mundiais – mas nada que impedisse Robson Conceição de conseguir a maior façanha da história do boxe brasileiro. Nesta terça-feira, o baiano de 27 anos – quinto colocado do ranking mundial da Federação Internacional de Boxe (Aiba, na sigla em inglês) – superou o francês Sofiane Oumiha  e conquistou a inédita medalha de ouro para a modalidade nacional, pela categoria peso-ligeiro (até 60kg). Foi o terceiro ouro do Brasil na Rio-2016, depois da vitórias de Rafaela Silva, no judô, e Thiago Braz, no salto com vara. 


 Robson começou a luta agressivo, acertando golpes no francês, que buscava o contra-ataque. Nos segundos finais no primeiro round, o brasileiro chegou a se desequilibrar ao receber um soco. Tomando a iniciativa da luta, Robson levou o primeiro round na avaliação dos juízes: 10-9. No segundo, o brasileiro continuou melhor, se esquivando com facilidade de Oumiha e pontuando com golpes precisos. No final, foi a vez do francês balançar e se apoiar no chão, mas o árbitro não abriu contagem. O round terminou com mais um 10-9 para o brasileiro. Com o triunfo por pontos quase garantido, o brasileiro foi mais conservador – mas seguiu castigando o francês. Ao final da luta, uma vitória dominante e uma medalha de ouro inédita e histórica para o Brasil. Para a festa do público no Riocentro.

Com o ouro, Robson Conceição coloca novamente o país no mapa do boxe mundial depois da incrível campanha de quatro anos atrás, nos Jogos Olímpicos de Londres, quando três medalhas foram conquistadas: duas de bronze, com Adriana Araújo e Yamaguchi Falcão, e uma de prata, com Esquiva Falcão. Há ainda o primeiro pódio do pugilismo brasileiro: o bronze de Servílio de Oliveira, nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968. Ao todo, portanto, são cinco medalhas para o Brasil no boxe olímpico. Nem mesmo Eder Jofre, o maior pugilista da história do país e considerado o melhor peso-galo do boxe mundial, conseguiu um pódio. Durante sua carreira, participou como amador dos Jogos Olímpicos de Melbourne, em 1958, mas ficou na quinta colocação.

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