Mercedes já saiu na frente
A etapa de abertura da Fórmula 1 em 2016 foi um prolongamento do ano passado. Sebastian Vettel liderou boa parte do GP da Austrália, passando Hamilton e Rosberg logo na largada em Melbourne, mas no final deu Mercedes, com Nico Rosberg em primeiro e Lewis Hamilton em segundo.
Na pista, as coisas mudaram quando Fernando Alonso bateu feio, o que paralisou a prova. Na retomada, a estratégia da Mercedes foi melhor e a equipe britânica conseguiu a vitória. Vettel terminou em terceiro, mas mostrou que a Ferrari pode brigar pelo título. Felipe Massa foi o quinto.
Se o novo modelo de classificação foi bastante criticado, a mudança no sistema de embreagem para a largada, muito mais dependente do humano do que da máquina, cumpriu sua função de causar rebuliço. Lewis Hamilton, que sobrou no treino de classificação e foi o mais rápido de todos os treinos livres, largou mal e caiu para sexto.
Quem se deu bem foi Vettel, que largou em terceiro, passou também Rosberg, e assumiu a liderança. Os dois carros da Mercedes acabaram ultrapassados também por Raikkonen, outro ferrarista.
As coisas só mudaram mesmo quando Fernando Alonso deu o primeiro grande susto da temporada. Na 18ª volta, ele bateu na traseira de Esteban Gutiérrez, da caçula Haas, e voou em direção à barreira de proteção (foto). Após o choque, a McLaren capotou na área de escape e ficou destruída. O espanhol saiu rastejando de baixo do carro, mas passa bem.
O estrago foi tanto que não havia outra opção senão a bandeira vermelha para limpar a pista. Foram 20 minutos de paralisação até a relargada. Nesse período, as equipes puderam trocar pneus e a Mercedes soube aproveitar isso muito bem. Rosberg e Hamilton voltaram com os pneus médios e não precisaram mais parar. Vettel com supermacios, precisava fazer mais um pit stop. Ou seja: a Ferrari tinha que abrir folga suficiente na pista para parar e, mesmo assim, voltar na frente. O plano poderia ter dado certo, não fosse a dificuldade de um mecânico tirar um pneu no pit stop de Vettel, que voltou em quarto.
Quando Ricciardo parou, o alemão subiu para terceiro, atrás de Rosberg (primeiro) e Hamilton (segundo). O australiano voltou em quinto, atrás de Felipe Massa, e acabou ganhando a posição na pista, a 10 voltas do fim. Raikkonen já havia abandonado com problemas mecânicos.
Nas voltas finais, a emoção ficou por conta da tentativa de Vettel de ultrapassar Hamilton. Com pneus macios, o alemão era mais rápido que o inglês, que ainda tinha os pneus macios que o garantiram permanecer na pista desde a 18.ª volta. A dois giros do fim, Vettel exagerou, saiu da pista, e perdeu a chance de passar. Terminou em terceiro mesmo, atrás das duas Mercedes.
Felipe Nars fez uma prova ruim com a sua Sauber e terminou só no 15º lugar entre 16 carros que cruzaram a linha final. Estreante, a Haas conseguiu o sexto lugar com Romain Grosjean, que havia largado na penúltima fila.
- 1º - Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1h48min15s565
- 2º - Lewis Hamilton (GBR/Mercedes), a 8s060
- 3º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 9s643
- 4º - Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull), a 24s330
- 5º - Felipe Massa (BRA/Williams), a 58s979
- 6º - Romain Grosjean (FRA/Haas), a 1min12s081
- 7º - Nico Hülkenberg (ALE/Force India), a 1min14s199
- 8º - Valtteri Bottas (FIN/Williams), a 1min15s153
- 9º - Carlos Sainz (ESP/Toro Rosso), a 1min15s680
- 10º - Max Verstappen (HOL/Toro Rosso), a 1min16s833
- 11º - Jolyon Palmer (GBR/Renault), a 1min23s399
- 12º - Kevin Magnussen (DIN/Renault), a 1min25s606
- 13º - Sergio Pérez (MEX/Force India), a 1min31s699
- 14º - Jenson Button (GBR/McLaren), a uma volta
- 15º - Felipe Nasr (BRA/Sauber), a uma volta
- 16º - Pascal Wehrlein (ALE/Manor), a uma volta
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