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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

terça-feira, 1 de março de 2016

CANÇÕES QUE FICAM PRA SEMPRE

                               "  S   Á   B   A   D   O  "

                              J  o  s  é        A  u  g  u  s  t  o

                  


                             A amiga Elizete Lúcia(foto)  é uma pernambucana lá de Cabo de Santo Agostinho.  Está sempre ligada  nas músicas que desfilam pela série "Canções que ficam pra sempre", e agora fez a sua escolha.
Ela quer ouvir "S Á B A D O", uma canção lindíssima, como a maioria das composições do talentoso compositor e cantor JOSÉ AUGUSTO.  
           
 
                              E eu escolhi para o vídeo de apresentação,  esta gravação que José Augusto fez em espanhol, o que mostra a sua versatilidade também como intérprete. Mas aí está a letra em português. Confiram que bonita canção.

                               Sábado

José Augusto

       
Todo sábado é assim
Eu me lembro de nós dois
É o dia mais difícil sem você
Outra vez os amigos chamam
Prá algum lugar
E outra vez
Eu não sei direito
O que eu vou falar...
Quero explodir por dentro
Inventar uma paixão
Qualquer coisa
Que me arranque a solidão...
 
 
 
 
            Filho único de Sofhia Cimillo Cougil e Augusto Cougil Novoa, José Augusto começou a estudar piano, harmonia e solfejo no conservatório nacional de música do Rio de Janeiro, aos 8 anos. Logo depois ganhaou um piano de presente do pai para praticar em casa. Com 12 anos ganhou o primeiro violão, e aprendeu a tocar o básico.



           Aos 14 anos participou do festival de música de Santa Teresa quando recebeu o seu primeiro prêmio como melhor interprete do festival.  Dos 14 aos 17, fez testes em quase todas as gravadoras do Brasil sendo reprovado em todas, até que conseguiu uma nova chance com o produtor Renato Corrêa, integrante do grupo Golden Boys, tendo assim a oportunidade de cantar com a orquestra do maestro Gaya, sendo aprovado e pronto para gravar seu primeiro disco.

 
                 A carreira do cantor e compositor começou em 1972, quando ele levou uma fita de suas músicas à então gravadora EMI.  O produtor de discos Renato Correia, logo percebeu o talento de José Augusto, e imediatamente recomendou sua contratação. Em 1972 teve sua primeira composição gravada por Cauby Peixoto. No mesmo ano gravou um compacto simples como teste. Em 1973 gravou o seu primeiro disco oficial com a música "De Que Vale Ter Tudo Na Vida" com vendagem de um milhão de cópias.
 
 
          José Augusto era um garoto que, como muitos de sua geração, nos trepidantes anos 1960, amava os Beatles e a Jovem Guarda. No bairro de Santa Teresa, onde nasceu e passou a infância, as canções dos quatro garotos de Liverpool só paravam de tocar na vitrola quando os brasileiríssimos astros das jovens tardes de domingo surgiam na telinha. Com os ouvidos treinados desde cedo, o garoto não pensava em outro futuro. “Tinha certeza que eu queria viver de música”, atesta o cantor. Aquele futuro se tornou real e os mais de 20 milhões de discos vendidos não deixam dúvidas.

 
A gravação do mestre Cauby Peixoto rendeu seu primeiro cachê em direitos autorais. O bom rapaz saldou algumas dívidas e, com o que sobrou, comprou um aparelho de TV para dona Sophia. Já de olho nele, o produtor Miguel Plopschi, do The Fevers, deu uma quantia para que o rapaz comprasse uma roupinha melhor, afinal ele estava prestes a entrar no mundo do show business. Até que veio o contrato e a chance de lançar o primeiro trabalho: um compacto com a música De Que Vale Ter Tudo na Vida.



Quando ligaram da gravadora – para a casa da vizinha, pois a família não tinha telefone – dizendo que o disco estava pronto para ir para as lojas, José Augusto saiu voando para lá. Quando voltou para Santa Teresa, desceu do ônibus feito foguete e subiu a escadaria mostrando seu trabalho a cada vizinho que passava. Seu rosto ainda não estampava capa e contracapa, mas o nome José Augusto podia ser lido com clareza no rótulo. “Cheguei em casa com o compacto e ainda um cheque significativo. Prometi aos meus pais que nunca faltaria nada para eles. Dali em diante, eu iria arcar com tudo, para dar o máximo de conforto a eles” - relembra.
Era junho de 1973. E muita coisa ainda estava por acontecer. O radialista Haroldo de Andrade acreditou na música e ajudou a transformar De Que Vale Ter Tudo na Vida no grande sucesso que é até hoje.
 

Olhando para trás, José Augusto se assusta com a rapidez com que o tempo passou. Mas como dizia o poeta Cazuza, o tempo não para. E, do mesmo jeito que ele nunca planejou uma trajetória tão longa e bem-sucedida, segue de mansinho, trabalhando no que sabe fazer de melhor: música. “Sempre vivi um dia de cada vez. Não ficava pensando se minha carreira iria longe. Só queria que as pessoas ouvissem meu som”. Para a felicidade dos fãs, ele acredita que sua carreira está – ainda – apenas começando.
 
 


2 comentários:

  1. Música lindíssima, um dos meus catores preferidos. Esta música me leva de volta a um passado muito feliz que infelizmente não tem volta, linda fiquei feliz em ouvi-la. Parabéns Elisete pela linda escolha.

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  2. Música lindíssima, um dos meus catores preferidos. Esta música me leva de volta a um passado muito feliz que infelizmente não tem volta, linda fiquei feliz em ouvi-la. Parabéns Elisete pela linda escolha.

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