Quem sou eu

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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Uma explicação necessária !




           Como frequentemente tenho discordado das críticas desrespeitosas, que rotineiramente são feitas à presidente Dilma Rousseff e ao seu partido, muitos amigos acreditam que eu seja um adepto do Partido dos Trabalhadores. Já tentei desmistificar isto, mas acho que não consegui.

             Não sou petista e não tenho qualquer tipo de vinculação política. O PT é pra mim um partido igual aos outros, com alguns acertos e muitos erros. Com muitas pessoas honestas e muitas desonestas. Certamente não é o pior partido que existe no Brasil, tenho visto outros bem piores. Mas também não garanto que seja o melhor. Na realidade, acho que a política brasileira é muito ruim.

              Apenas uma vez na vida eu me senti atraído por um movimento político. Era jovem, 20 anos, e cheguei a seguir os passos de um dos maiores líderes trabalhistas que conheci: o saudoso Fernando Ferrari. Tinha vinte anos a menos do que ele, mas consegui entender sua mensagem, embora sem ser um ruralista e ele fosse um ardoroso  defensor de melhores condições de vida para a população rural.

                                                        Ferrari com Jango e Brizola
 
            Fernando Ferrari, Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola foram os únicos políticos que chegaram a "fazer a minha cabeça".  Após deixar o PTB, Ferrari transformou o Movimento Trabalhista Renovador num partido, o MTR, único que conseguiu me fazer assinar uma ficha de filiação.


            Depois de ter sido várias vezes deputado (estadual e federal), chegou a ser o candidato a deputado mais votado do Brasil em 1958.  Ferrari, chamado de "o político das mãos limpas" , morreu aos 42 anos, num desastre aéreo ocorrido em maio de 1963, no município de Torres, no norte gaúcho. Deixou várias obras, entre as quais os livros "Minha Campanha" e "Escravos da Terra". E também deixou como legado o Estatuto do Trabalhador Rural, projeto de sua autoria, aprovado menos de três meses antes da sua morte.



             Que fique bem claro a partir daqui. Não sou Lulista, fui Ferrarista.  Não sou do PT, meu único partido foi o MTR.  Só que nunca vou concordar, quando ler ou ouvir críticas desrespeitosas ao presidente do meu país. Seja ele de que partido for !


6 comentários:

  1. Flavio, parabens pelos comentários e posições sempre coerentes. E pela aula de história, por apresentar este importante político gaucho - Fernando Ferrari, do qual só tinha ouvido falar por emprestar o nome a uma importante rua do Jardim Bancários. Abraços.

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  2. Obrigado, amigo Valdo, pelo prestigio e pela força que sempre tem me dispensado aqui no blog. Que bom que pude te apresentar o Fernando Ferrari, que era um 'cara' bom mesmo. Que Deus o tenha e a nós conserve. Um grande abraço, amigo !

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  3. Flávio conheci Fernando Ferrari, político de mãos limpas, se não fosse o trágico acidente aéreo,certamente seria Presidente do Brasil . De todas suas virtudes , essa foi mais uma que me surpreendeu,o Homem realmente era um representante autêntico da classe trabalhadora. Parabéns.Tenho curiosidade de saber quem deu o nome de Fernando Ferrari, à rua do Jardim Bancários,passei muitas vezes, quando ia de Ônibus,trabalhar no I.M.L., Interessante , sempre lembrava da figura humana de Fernando.




    Hamilton Luiz Nassif-25/11/2015.

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  4. Seria interessante saber ,qual o vereador ou o político ,que lembrou Fernando Ferrari , e colocou nome de rua. Vou tentar saber, através de pesquisa , na Câmara de Vereadores. Abração

    Hamilton Nassif 25/11/2015.

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  5. Muito bom saber que vc conheceu Fernando Ferrari. As boas pessoas se atraem. Também não tenho idéia de quem se lembrou de homenagear Ferrari por aqui. Gosto do seu estilop, Nassif, sempre atento a tudo. Abração !

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  6. Olha , fui contra a Ditadura Militar , mas hoje seria a melhor coisa a acontecer no Brasil...Mas será que eles tem interesse nisso? acho dificil e infelizmente vamos ter de amargar mais uma grande Pizza em que tudo vai terminar...O Beto Richa e a Dilma vão reeleger seus sucessores , não serão condenados a nada e nem em nada e tudo continurá como sempre , pois somos um povo sem sangue nas veis (inclusive eu)

    Rogério

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