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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

      Nosso homenageado de hoje é um saudoso cantor norte-americano. Além de alcançar muito sucesso por lá, ele decidiu homenagear os países de língua espanhola, gravando uma coleção de canções neste idioma. E foi assim que, ainda jovem, eu ouvi pela primeira vez

                     N A T    K I N G     C O L E 


                       

                                      Me recordo plenamente de me acordar com o rádio tocando música espanhola com NAT KING COLE cantando.  Ele também gravou algumas músicas em português, como "Ninguem me ama", "Não tenho lágrimas" e "Suas Mãos", mas o sucesso grande mesmo veio com as canções espanholas. Foi tudo gravado no Rio de Janeiro, nos estúdios da Odeon.  Escolhi uma delas para este vídeo que nos recorda aquele tempo feliz: "CACHITO", de A.Bourget e Consuelo Velasquez, que também foi gravada no Brasil por Emilinha Borba, com muito sucesso.

                               Nathaniel Adams Coles era um negro bonito, sempre cheio de "brilhantina" no cabelo,  nascido no Alabama (EUA), na cidade de Montgomery. Sua família tinha vindo da Louisiana. Nat King Cole tocava piano e guitarra, além de cantar Jazz, Swiing, Jump Blues e Boleros. Cantou por trinta anos, de 1935 à 1965, quando morreu com apenas 45 anos.  Sua morte foi provocada pelo hábito de fumar três maços de cigarros por dia e um consequente câncer de pulmão.
 
                             O pai de Nat era o açougueiro Edward Coles, que era também diácono da Igreja Batista. A família veio para Chicago quando Nat era criança. O pai se tornou pastor e a mãe Perlina Adams ficou encarregada de tocar o órgão da igreja. E foi com ela que Nat King Cole aprendeu a tocar piano. Ele aprendeu a tocar tanto jazz com música gospel, sem entretanto esquecer a música clássica.

                           A voz marcante de Nat King Cole imortalizou nos Estados Unidos algumas canções , como Mona Lisa,  Stardust,  Unforgettable,  Nature Boy,  Christmas Song e várias outras.
                          Nat fez duas coisas desde jovem: tocou piano na igreja em que seu pai era o pastor e lutou contra o racismo.  Chegou a ser atacado por brancos no Alabama, enquanto cantava "Little Girl", durante um show em Birmingham, machucando as costas.  Nunca mais se apresentou no Sul, dos Estados Unidos.

                              Mas Nat não desistiu de lutar contra a segregação racial. Já rico e famoso, em 1945, comprou uma casa num condomínio de brancos, nos arredores de Los Angeles. A famosa KKK (grupo racista KU KLUX KLAN) ateou fogo em sua casa. O conselho do condomínio disse-lhe que não queria indesejáveis mudando-se para lá. Ele concordou e respondeu: "Eu também não quero. Se eu vir alguém indesejável mudando-se para cá, serei o primeiro a reclamar."

               Em 1959,  Nat King Cole cantou no Maracãzinho e no Tijuca Tenis Clube, no Rio, e depois no Teatro Paramount, em São Paulo, com casa cheia em todos os sete shows realizados no Brasil. E fez também uma apresentação especial no Golden Room do Copacabana Palace Hotel. Recebeu ainda várias homenagens e almoçou com o então presidente da República, Juscelino Kubistscheck, no Palácio das Laranjeiras.

                              As músicas em espanhol que mais sucesso fizeram no Brasil, cantadas por Nat King Cole, foram:  Adelita,  Las Mañanitas,  Noche de Ronda,  Solamente uma vez,  Quizás, Quizás,  Quizás,  Cachito,  Vaya com Dios,   Ansiedad,  Aquellos Ojos Verdes, El Bodeguero   e Tres Palabras.
 
 
 

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