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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

  Bom tempos aqueles da Bossa Nova, em que proliferavam os trios (piano, baixo e bateria) espalhando seu som maravilhoso. Tivemos muitos, como Milton Banana Trio, Bossa Jazz Trio e especialmente o

                                     Z  I  M  B  O         T  R  I  O 
                       



                                      Acho que o ZIMBO TRIO foi mesmo o mais importante de todos os trios que executaram a bossa nova. O som deles foi reconhecido internacionalmente. Certamente, foram um dos maiores divulgadores deste maravilhoso gênero que predominou no Brasil por vários anos.  O Zimbo acompanhou os nossos melhores cantores daquela época de ouro.


                               O Zimbo Trio nasceu em 1964, na cidade de São Paulo, originalmente formado por Amilton Godói ao piano, Luis Chaves no contrabaixo e Rubinho Barsotti na bateria. Veio para tocar MPB, Jazz e Bossa Nova. O termo Zimbo, retirado do dicionário afro-brasileiro, significa boa sorte, felicidade e sucesso. Mas "zimbo" era também uma antiga moeda que circulava no Congo e em Angola.  E no Brasil Colonial, o "zimbo" era uma das muitas moedas em circulação na colônia.





                     A estréia do Zimbo Trio aconteceu no dia 17 de março de 1964, na Boate Oásis, acompanhando a cantora Norma Bengell, num show produzido por Aloysio de Oliveira. Uma das canções mais aplaudidas foi "Consolação", música de Baden Powell na letra de Vinicius de Moraes: "Se não tivesse o amor / Se não tivesse essa dor / E se não tivesse o sofrer / E se não tivesse o chorar/ Melhor era tudo se acabar..." Era mesmo demais esta canção.

 

 

                       Em 1965, o Zimbo Trio passou a fazer acompanhamento fixo num dos melhores programas da televisão brasileira: "O Fino da Bossa", na Record, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues. E vieram outros eventos importantes com a participação do Zimbo, como o show antológico no Teatro João Caetano, que reuniu Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e o conjunto Época de Ouro. Dois volumes foram gravados ao vivo deste show.


                     Além de tocar, o Zimbo Trio ainda deu uma outra grande contribuição à música brasileira. Em 1973, o trio juntamente com o baterista "Chumbinho" (João Rodrigues Ariza) fundaram em SP o Centro Livre de Aprendizagem Musical (CLAM), voltado para a formação ampla, sem separação entre o erudito e o popular. Esta escola formou gerações de músicos no País.


                       O Zimbo Trio começou a sofrer modificações na sua formação a partir de 2007, quando faleceu o contrabaixista Luis Chaves. Entrou Itamar Collaço, que introduziu no trio o baixo elétrico.  A última formação atual foi com Amilton Godói no piano, Mario Andreotti no contrabaixo e Pércio Sápia, que ficou se revezando com Rubinho Barsotti na bateria.  E José Carlos Prandini foi outro músico que também integrou  o grupo até recentemente.


                     Sozinho ou acompanhando os maiores cantores brasileiros de todas estas décadas, o Zimbo Trio já gravou 51 discos e conquistou o reconhecimento mundial, excursionando pelos cinco continentes para divulgar a música instrumental do Brasil. 
                   Mas, como tudo tem seu fim, o Zimbo Trio já não existe como tal. Divergências, problemas de doenças e outras dificuldades provocaram uma mudança: hoje se chama de Amilton Godoy Trio, com o pianista  (foto abaixo) no comando.






                                

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