Estou acompanhando pela imprensa os poucos elogios e as muitas críticas que estão sendo feitos à chamada revitalização da Avenida Maringá. Moro do outro lado da cidade, no Jardim Petrópolis, na zona sul, mas tenho o hábito de todas as quintas-feiras ir à missa do meio-dia, na Igreja Rainha dos Apóstolos, na Tiradentes. Desta forma, uma vez por semana passo pela Maringá, praticamente de ponta a ponta. Acompanhei a reforma, as mudanças e já começo a perceber que algumas coisas feitas agora já se deterioraram. Como o asfalto e o piso do canteirinho central. Também percebo que a vida mudou completamente para quem trabalha ou mora na Maringá. E mudou para pior, lamentávelmente.
O comércio começa a sofrer os mesmos prejuizos que sofreram os comerciantes da rua Duque de Caxias, em outra mudança feita pela última (ou penúltima, sei lá) gestão municipal. Com a proibição de estacionar no local, o movimento caiu verticalmente. A reclamação é geral. O maior exemplo foi o fechamento de um dos pontos mais conhecidos de Londrina no ramo de comida feita: o simpático "Bom Paladar". Quem é que nunca esteve por lá, para pegar uma daquelas delícias que a casa sempre ofereceu aos seus clientes. A maionese ou o salpícão eram "de comer de joelhos". Nos domingos, então, as pessoas iam chegando, estacionando e até batendo um papo, à espera de um bom prato. Acabou o estacionamento, acabou o movimento e acabou o "Bom Paladar", que fechou as portas do tradicional ponto e foi funcionar em outro endereço.
Na Maringá, está ocorrendo a mesma coisa. Eu tinha o costume de dar uma paradinha numa casa comercial da rua (nem vou falar o nome da loja para o proprietário não ficar desanimado), mas depois que colocaram o canteirinho e proibiram o estacionamento, não parei mais no local.
A situação é absurda. Passe por lá e veja você mesmo. A calçada, que antes era dos pedestres, agora pertence aos veículos, que estacionam nos recúos dos prédios, cada vez em maior número. Na verdade, os veículos ficaram com todo o meio da rua pra eles e agora também com boa parte das calçadas. Ao transito motorizado, tudo. Já aos pedestres, eles que se cuidem para não serem atropelados em cima das calçadas. E o risco é muito grande.
Nós que esperávamos ver uma via revitalizada, estamos vendo agora um número muito maior de problemas. E dizem que mais de R$ 1,5 milhão foi gasto nesta obra, que o Ippul agora está reavaliando. Agora é tarde.
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