As eleições de Londrina assustam !

        Recebi um e-mail do amigo Célio Guergoletto, obviamente ainda triste com o resultado das últimas eleições para vereador. É absolutamente normal. Afinal, o professor Célio ganhou quatro eleições e nunca havia feito menos de 2.500 votos. Desta vez, só conseguiu metade: 1.234 votos, segundo lista publicada pelo Jornal de Londrina.
        Célio tem penetração em todas as áreas. Não dá para entender como é que um homem com a sua história, não consegue voltar à Câmara,  enquanto um pastor religioso recem chegado à cidade se elege com o apoio de um número muito maior de votantes. Não tenho nada contra pastores, mas teria ficado muito contente se o Célio tivesse conseguido se eleger.
         Já que estamos falando de eleições, faço questão de mencionar um outro nome que conta com a minha simpatia e que também não conseguiu se eleger: Antenor Ribeiro. Trabalhamos juntos em pelo menos duas emissoras de rádio, fomos vizinhos de apartamento na praia de Guaratuba e sua esposa Neli também trabalhou na mesma época em que eu militava na Folha de Londrina. Posso dizer que somos amigos, conheço bem o Antenor. Também não entendi porque ele fez apenas 1.317 votos, sempre de acordo com a relação que o JL publicou.
          Quem me conhece, sabe que eu não tenho maior envolvimento com política. Mas sempre fui um homem que acompanha o que acontece na cidade, e que reconhece a importância dos políticos. É claro que tem muitos políticos que não prestam, como tem médicos ruins, engenheiros ruins, jornalistas ruins, padres ruins e pessoas ruins em todas as áreas. O negócio é escolher os homens certos para os cargos certos.
          Só não posso concordar com o que tenho ouvido dizer por aí, tipo "não voto em políticos, não faço parcerias com políticos" ou outras coisas do gênero. A política brasileira anda por baixo, mas ainda existem bons políticos a disposição do povo. E tem mais um aspecto importante: não existe democracia sem políticos. Logo, o presidente, os senadores, os deputados, os governadores, os prefeitos e os vereadores tem que ser políticos, sim senhor.
          Nem sei se vou votar em Marcelo Belinati, mas estou cansado de ouvir esta sistemática perseguição ao sobrenome Belinati. Nem conheço pessoalmente este menino, mas gente que o conhece bem, tem feito elogios aos seus hábitos de vida. E mais; se um tio seu já foi prefeito, por que ele não tem o direito de ser ?
          Sobre Alexandre Kireeff também tenho ouvido elogios e críticas. Me assusta um pouco esta história de querer ser prefeito sem ser político. Sem ação política, ninguém governa uma cidade como Londrina.
           Em resumo, por tudo o que coloquei desde o início deste comentário, acho que o povo londrinense está sem rumo, não sabe o que fazer, não sabe o que dizer e não sabe em quem votar.  E isto é mesmo muito perigoso.