Mas o tempo passou e hoje, aos 35 anos, Adriano Gabiru está disputando a Terceira Divisão do Campeonato Gaúcho, pelo Guarany de Bagé, enfrentando a dureza do interior gaúcho. E não está fácil, pois o Guarany até agora não embalou. Está em quarto lugar no Grupo B, com 1 vitória, 2 empates e 1 derrota. E o que é pior: o grupo está sendo liderado pelo Grêmio Bagé, o outro clube da cidade e maior rival do Guarany. Pior ainda é que no clássico Ba-Guá, deu Bagé por 3 a 0. Mas o campeonato começou há pouco e o time de Gabiru ainda pode se recuperar. Está se reforçando. Já contratou mais dois veteranos conhecidos: Adão (ex-Grêmio), centroavante que já jogou aqui no Londrina, e Barão (ex-Inter).
O alagoano Adriano Gabiru está encantado com Bagé, o mesmo acontecendo com sua esposa Andréia. Ele fez um contrato de R$ 100 mil por oito meses, o equivalente a R$ 12.500 mensais, e está se esforçando ao máximo para levar o Alvi-rubro para a Segundona e ficar mais um tempo por lá. E diz com satisfação: "Gosto de tudo por aqui. É maravilhoso. Muito melhor morar aqui do que em Marselha."
Na reportagem, Adriano explica que "gabiru é como chamam em Alagoas uma espécie de rato preto. Quando eu jogava no Atlético Paranaense, o goleiro Flávio, também alagoano, me botou esse apelido."
Os dirigentes do Guarany estão satisfeitos com o trabalho de Adriano, embora os resultados ainda não sejam os esperados. É que depois que ele chegou a Bagé (cerca de 120 mil habitantes), 250 camisas do clube foram vendidas, em 90 dias. E Gabiru é uma celebridade em Bagé.
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