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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

domingo, 8 de julho de 2012

Todo mundo perdeu um pouco, esta noite

         Acho que a Rede Globo foi a grande derrotada da noite. Esperei até uma e meia da manhã. Depois pensei: esses caras não podem cotinuar me fazendo de palhaço. Fui dormir. Hoje cedo, assisti ao teipe da vitória de Anderson sobre Sonnen. Não perdi nada. Mas a Globo perdeu. Perdeu mais um pouco da sua credibilidade perante o público, que aliás cai a cada dia. E perdeu totalmente a vergonha.
          Como é que um profissional como Galvão Bueno, de reconhecidas qualidades profissionais, se presta para um papel tão ridículo, fingindo que está mostrando a luta ao vivo, quando o mundo inteiro está cansado de saber que é apenas um teipe ?  Será que ele não fica nem um pouco envergonhado ?
         Na verdade, o UFC 148 não teve muitos lados positivos. A própria luta não apresentou novidades. Chael Sonnen dominou durante a maior parte do tempo e até esteve perto de nocautear o Spider, quando acertou uma bomba no rosto do brasileiro. Tecnicamente, o americano mostrou-se superior. Na verdade, Sonnen perdeu para ele mesmo. Errou um soco giratório e meteu a cara na grade, ficando a mercê de Anderson, que só aí deitou e rolou.
         Estou começando a ficar enjoado com o estilo que a Globo e o nosso campeão estão impondo a esta modalidade esportiva. Em primeiro lugar, um lutador não pode se fazer de "bamby" de vez em quando. Uma coisa não bate com a outra. Aos 37 anos, Anderson deveria mudar um pouco  a sua imagem, propagando o esporte, a saúde, o veto às drogas e outras coisas boas para a nossa juventude.
         Não sei porque, me lembrei agora de uma "tese" que me saudoso pai usava: "Nem todo o veado tem jeito de veado. Mas todo o cara que tem jeito de veado, é veado."
         

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