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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

É dia de curtir a saudade de Elis

              Não dá pra deixar de lembrar Elis Regina Carvalho Costa, que morreu exatamente há 30 anos, quando tinha apenas 36 anos de idade. Em 1960, quando cheguei a Porto Alegre, vindo de Pelotas, Elis ainda cantava no "Clube do Guri", no antigo auditório da Rádio Gaucha, no Edifício União, na Avenida Borges de Medeiros, centro da capital gaúcha. Tinha então 15 anos, era uma menina, que muitas vezes vi também nas sociais do Estádio Olímpico, torcendo pelo Grêmio. Ou pelas ruas de Porto Alegre, com roupas de estudante, saia azul marinha.
               Acompanhei também o lançamento de seu primeiro disquinho, um Compactor Simples (era assim se chamava). Elis passou o resto de sua vida tentando esquecer esse disco, porque brigou com Eleu Salvador, que compôs a música "Dá Sorte", um calipso que, embora ela tentasse negasse, foi seu primeiro sucesso. O refrão dizia: "Cante então, a canção Que eu fiz, para ser feliz." Era bonitinho.
              Também me lembro de ver e ouvir Elis cantando a música "Flamingo", em inglês, ainda no auditório da Gáucha. O programa ia ao ar nas noites de sábado e se chamava "Musical Orniex". E lá estava eu, como bom "macaco de auditório".
               Depois, Elis sumiu de Porto Alegre, virou carioca e o resto de sua história todo mundo conhece. Eu também saí do Sul, vim para São Paulo, e só continuei acompanhando a "Pimentinha" pela televisão. Anos mais tarde, entrevistei Elis para a Folha de Londrina, no Hotel Bourbon. Eu e Zé Flávio Garcia  conversamos umas duas horas com ela. Até discutimos. Elis era muito braba. Também era teimosa e mascarada. Mas nenhuma outra mulher cantou como ela neste País.
                Como o mundo é mesmo muito pequeno, abri um barzinho, o "Cantinho", e tive o prazer de contratar uma cantora também maravilhosa, Lena Mariano, que hoje mora nos Estados Unidos. Lena é irmã de Cesar Camargo Mariano, o último marido de Elis. Era, portanto cunhada desta gaúcha, que o Brasil não consegue esquecer, embora já tenham se passado trinta anos desde que ela se foi, de uma maneira estranha, do jeito que foi a sua vida toda.

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