As eternas exigências da Federação

              É todo ano a mesma coisa. Já se sabe que, mais ou menos nesta época, aparece aqui no Norte do Estado o presidente da Comissão de Vistoria da Federação Paranaense de Futebol, cheio de "pose", exigindo que se faça isso e aquilo nos nossos estádios.  Reginaldo Cordeiro correu nos últimos dias pela região e, como sempre, ameaçou não liberar os estádios se não for atendido nas suas solicitações.
              Passou pelo belo Estádio Waldemiro Wagner, em Paranavaí (foto), e pediu uma porção de coisas. Disse que existem infiltrações nos tetos dos banheiros e vestiários, pediu banheiros especiais para cadeirantes e todas aquelas exigências anuais. E assegurou que, "sem laudos da Vigilância Sanitária, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, a FPF não libera o estádio para o Campeonato Paranaense." Mas o major Kosloski, do 8ºBPM, já disse que o "Waldemiro Wagner" está em condições. E o chefe da Vigilância, José Marchi, garante "são coisas simples que terão que ser feitas."  O problema é que o 'seo'Cordeiro valoriza seu trabalho e assusta os dirigentes.
              Ontem, o homem passou por Arapongas e Londrina. No Estádio do Café, ele quer azulejos e pisos de cerâmica nos banheiros, aacessórios nos banheiros, ajustes nos refletores, consertos em alambrados e a tão falada colocação das câmeras de segurança.  Eu acho que ele pensa que os clubes do Interior estão cheios de dinheiro. É lógico que tem que haver fiscalização, mas é preciso ir com calma. A Federação deveria inclusive estar ajudando os clubes, como faz, por exemplo, a Federação Gaúcha. Passam os anos e as coisas não mudam aqui no nosso Paraná.