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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O boxe chora a morte de Frazier

         Ainda me lembro daquela noite, em 1971, quando Joe Frazier e Muhammad Ali se enfrentaram pela primeira vez, em Nova York. Assisti a luta pela televisão, em preto e branco, na redação da Folha de Londrina, em companhia do saudoso companheiro José Augusto Viegas. Esperávamos pelo combate para noticiar o resultado na edição do dia seguinte. Frazier já era campeão mundial, título ganho um ano antes, numa luta com Jimmy Ellis. Mas Ali estava invicto. Havia perdido o título porque não atendera a uma convocação do Exército  Americano.  Continuava sendo o "melhor do mundo" e ninguém acreditava que pudesse perder aquela luta.

                                                          A"luta do século", em 1971       

  Mas perdeu. Frazier, vestindo um short verde, bem mais baixo do que o adversário, foi se enfiando com grande habilidade e acabou vencendo o combate. Mais do isso, mandou Ali para a lona no último assalto. Vestindo um calção vermelho, Muhammad Ali viu quebrada a sua arrogância.
             Frazier continuou campeão por mais dois anos. Perdeu o título em 73, para outra fera, George Foreman. Tentou se recuperar, voltou a enfrentar Muhammad em duas oportunidades. Perdeu nas duas. Dizem que perdeu também todo o dinheiro que havia ganho. Fez shows como cantor, tinha uma banda. Mas o grande momento da sua vida já havia passado.


             Até que, ontem, Joe Frazier, nascido em Beaufort, Estado da Carolina do Sul, no dia 12 de janeiro de 1944, perdeu sua última luta, para um câncer de fígado. Morreu cedo, aos 67 anos. Deveria ter vivido pelo menos mais 20 anos. Tinha muito para ensinar. Mas morreu como vencedor da verdadeira "luta do século", a melhor que assisti em toda a minha vida. Morreu como um campeão.

Um comentário:

  1. É por aí,mestre Flávio,comentário desta espécie,somente para quem é do ramo. O que mais me leva a ser fã de sua coluna,é a diversificação de assuntos,todos bem detalhados e com invejável conhecimento. Hamilton Nassif

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