Blog do Flavio Campos

                                  Oscar continua mal educado

   A anunciada entrevista do ex-jogador de basquete Oscar ao radialista Rodrigo Linhares, hoje pela manhã na Rádio Paiquerê,  foi bem o que eu esperava. O homem meteu o pau na cidade, no técnico Enio Vecchi  e chegou a dizer que "Londrina fez muito pouco no basquete, nunca passou de oitavo colocado e o time até desapareceu do noticiário".
     Mal educado e arrogante é pouco para qualificar Oscar. Em 1996, em Atlanta (EUA), na cobertura dos Jogos Olímpicos, escrevi para a coluna que na época eu assinava na Folha de Londrina (Linha de Passe), que Oscar estava atrapalhando o  basquete brasileiro, roubando o lugar dos mais jovens e pouco realizando na quadra. Alguns londrinenses não gostaram da crítica e protestaram por cartas e telefonemas. Anos depois, muitos destes protestantes estavam no Moringão, vaiando Oscar, pelo seu comportamento irracional diante de árbitros, adversários e torcida. E aí entenderam a minha crítica.
      Ele sempre fala mal  de Londrina, porém quando foi chamado para fazer uma palestra na Semana do Empreendedor, em 2008, veio correndo para "faturar" por aqui. O companheiro de imprensa e amigo, Rogério Fischer,  que cobriu aquele evento, lembra com  muita razão: "Se Oscar tem tanta mágoa da cidade, não deveria ter vindo aqui para ganhar dinheiro, não é mesmo?"
      Para encerrar o assunto, deixo aqui a minha opinião sobre Oscar, que alguns insistem em chamar de "Pelé do basquete". Entendo que ele foi  o maior "cestinha" do País, o que marcou maior número de cestas. Era um ótimo jogador, mas  não o melhor tecnicamente. Não menciono nomes para não cometer injustiças, mas vários outros jogadores brasileiros foram mais completos do que Oscar. E mais: o basquete nacional só voltou a crescer depois que Oscar parou.