agora é Patrimônio Nacional
Agora é oficial: desde 15 de maio, a história de Pelotas é patrimônio nacional. A minha cidade, que fica lá no litoral sul do Rio Grande do Sul, foi tema de uma decisão inédita do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan): pela primeira vez, o órgão reconheceu, simultaneamente e em um mesmo lugar, um patrimônio material e um patrimônio imaterial.
O conjunto histórico formado pela Charqueada São João, pela Chácara da Baronesa (onde fica o Museu da Baronesa), pelo Parque Dom Antônio Zattera e por quatro praças, além de edificações de seu entorno, estão protegidos pelo governo federal. O tombamento ocorreu no mesmo dia em que o conselho do Iphan, composto por representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade civil registrou a tradição doceira da região como patrimônio imaterial.
A resolução parte do argumento de que a produção de doces tem relação direta com a história da cidade e a economia do charque, que marcou o município entre o fim do século 18 e o começo do século 20. O reconhecimento tem como objetivo preservar tanto os prédios históricos — alguns deles já eram protegidos em nível municipal, estadual ou mesmo federal — quanto a tradição doceira que virou marca registrada de Pelotas e de municípios vizinhos.
"A economia da cultura vem se desenvolvendo no município nos últimos anos, e a gente aposta muito nisso. Tem um potencial para ser explorado. Tenho esperança de que, com esse novo tombamento, a gente consiga o recurso para os prédios históricos da cidade" — comentou a prefeita Paula Mascarenhas.
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