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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

É dia de comer crepes !





                                   E se lhe dissessem que há um dia oficial só para comer crepes? Pois esta sexta-feira, 2 de Fevereiro, é dia de comer crepes, segundo uma tradição belga e francesa. Não só se comem crepes, salgados ou doces, como há uma particularidade: virar o crepe. As famílias, sobretudo as crianças, fazem os crepes numa frigideira e lançam-nos ao ar com a mão direita, para os virar, enquanto seguram uma moeda de ouro na mão esquerda. Se o crepe virar e cair direito na frigideira, acreditam belgas e franceses, o ano será próspero. Mas como surgiu o dia de La Chandeleur e esta tradição?
“Se remontarmos às origens, na época dos romanos, a Chandeleur era uma festa em honra do deus Pã, divindade da natureza. Durante toda a noite, os crentes percorriam as ruas de Roma transportando tochas [chandelles, em francês]”, explicam Anne-Laure e Elsa, da creperia Mad'eo em Paris, numa resposta por escrito ao PÚBLICO. “La Chandeleur tornou-se depois uma festa religiosa associada à Apresentação de Jesus no Templo. Hoje em dia, é sobretudo uma ocasião para saborear crepes, em família ou entre amigos”- contam.
Vamos primeiro às origens dos crepes: “Secados ao sol ou estendidos sobre uma chapa quente, modelados com as mãos ou esticados com uma espátula (rozell), qualquer que seja a sua cor, a sua forma, ou o cereal com que é confeccionado, o crepe já é mencionado nas histórias bíblicas e existe desde a antiguidade”,-explica Pierre Gwendal, secretário da Fédération de la Crêperie, num e-mail enviado ao público.
Reza a lenda que, em 1490, a duquesa Anne, então com 13 anos, passeava com o seu séquito pelas terras do pai, François de Bretagne, perto do castelo de Nantes. Apanhados por uma tempestade, o grupo refugiou-se na humilde cabana de um lenhador. Pierre le Faouet, a mulher e a filha não tinham muito mais do que farinha de trigo-sarraceno entre os seus mantimentos. A filha do lenhador, com a farinha, fez uma iguaria cozinhada na lareira.
“Seduzida pelos crepes de trigo-sarraceno, a duquesa Anne decide estender o cultivo desse trigo a todo o seu ducado. Os camponeses bretões aproveitaram a oportunidade pois o cultivo desta planta requer pouco trabalho. Embora o seu rendimento seja irregular e fraco, permite uma colheita ao fim de três meses, o que lhe valeu o nome de ‘planta dos cem dias’. Esta cultura tornou-se ainda mais preciosa pelo facto de ter impostos baixos, o que tornou possível a muitas famílias pobres alimentarem-se deste grão transformado em farinha”, conta Pierre Gwendal.



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