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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Grêmio na final. Mas que 
jogo chato, este de ontem !
     
                O técnico Renato Gaúcho até começou o jogo de paletó e gravata. Mas não  foi a festa completa. Com menos energia do que se previa, o Grêmio perdeu por 1 a 0 para o Barcelona-EQU, nesta quarta-feira  na Arena, mas, pelo saldo de gols — havia vencido por 3 a 0 a primeira partida — garantiu-se, pela quinta vez, em uma final de Libertadores.


                         No fim, os mais de 54 mil torcedores presentes pareciam não se importar muito em não gritar gol. Trataram de festejar a abertura do caminho que poderá desembocar no sonhado tricampeonato da Libertadores. Mas a verdade é que o Grêmio decepcionou completamente no jogo de ontem. 

                   No primeiro tempo, a larga vantagem obtida em Guayaquil pareceu ter feito mal ao Tricolor. Faltou ao time a mesma vibração que emanava das cadeiras e transformava a Arena em um caldeirão efervescente. Tanto que o primeiro chute só ocorreu aos 10 minutos, por Edilson, em uma cobrança de falta que Luan havia sofrido de Mena. A bola, entretanto, passou muito longe.

                    Até então, apenas o Barcelona buscava o jogo, embora de forma desorganizada. Ainda era o melhor momento de Jailson, bem postado na frente da área. Arthur acompanhava Damian Díaz de perto e o time não corria riscos. Tudo, portanto, transcorria bem e a vaga era encaminhada sem sustos.

                                     Os problemas começavam na frente, onde Cícero, improvisado no lugar do lesionado Lucas Barrios, corria de um canto a outro, sem achar seu lugar. O equatoriano  Marcos Caicedo, então, passou a desequilibrar. Aos 30, ele chutou cruzado, para a defesa de Grohe. Aos 32, o insinuante atacante que a torcida do Barcelona estranhou por não ter iniciado o jogo em Guayaquil, fez jogada brilhante. Em velocidade, passou por Edilson e Geromel e, no limite do gramado, ainda deu um corte em Arthur. Depois, cruzou na direção do goleador Jonatan Álvez que venceu Grohe com um chute forte. Foi o primeiro momento de aflição da torcida.


                                     A intranquilidade poderia ter passado pouco depois, não fosse a ruindade de Cícero. Aos 35 minutos, Luan abriu na esquerda e Fernandinho cruzou na direção do centroavante improvisado, que torneou errado. 

                                   Em desvantagem, o Grêmio perturbou-se, errou passes e buscou ligar a defesa ao ataque com balões, sem que a bola passasse pelos armadores. A torcida percebeu, tentou incentivar a equipe com seus cantos e batucada, mas não adiantou.

                                   Ao obter três escanteios em sequência logo no começo do segundo tempo, o Grêmio voltou a dar esperança aos torcedores. Percebia-se, pelo menos, uma nova atitude, embora faltasse um mínimo de organização. Tanto que foi preciso uma arrancada de Geromel para surgir um arremate, do próprio zagueiro, para fora.

                                   Quando Everton preparava-se para entrar em campo, no lugar de Fernandinho, um novo susto. Livre, Estrerilla chutou da entrada da área e acertou a trave. 

                            De parte do Grêmio, a falta de clareza persistia. A troca de passes ia bem até a entrada da área, onde o Barcelona rebatia com uma zaga bem postada. Uma isolada chance surgiu aos 18 minutos no recuo errado da zaga que Luan concluiu sem direção. Renato, então, recorreu ao contestado Jael. Pouco antes de ser substituído, Cícero partiu em velocidade, mas o chute parou nas mãos de Banguera, impacientando de vez os torcedores. 

                           Recebido com um princípio de vaias, que Renato tratou de censurar, Jael deu muito maior  trabalho aos defensores, através de seus primeiros movimentos. Esteve, por exemplo, na origem do lance em que Edilson avançou pela direita e cruzou para defesa salvadora de Banguera.  A esta altura, Renato já tinha arrancado o paletó.

                      Se não atacava com qualidade, o Grêmio, ao menos, já mantinha o Barcelona longe de sua meta. Pesava para o time equatoriano, talvez, o cansaço de uma viagem que durou três dias. Aos 32, Cortez cruzou e Jael, de cabeça, acertou a trave.

                        Os minutos finais foram de alguma administração por parte do Grêmio, que também já passava alguns sinais de cansaço. A torcida, cantando ainda mais alto e acenando suas bandeiras, já começava a pensar no que virá pela frente. Até o dia 22, data do primeiro jogo da final, Renato terá o tempo necessário para corrigir os erros desta quarta-feira para que o sonho do tri siga vivo, mesmo com decisão fora de casa.

                       Mas cá pra nós, foi um jogo ruim me chato pra caramba. Se não melhor muito, o Grêmio dificilmente conseguirá o título em cima do Lanús, dia 22 em Porto Alegre  e dia 29 na Grande Buenos Aires. 






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