de indenização de Bachelot
O tenista espanhol Rafael Nadal pediu 100 mil euros em danos e prejuízos à ex-ministra de esportes francês, Roselyne Bachelot, que o acusou de doping em transmissão televisiva no ano passado.
Em março de 2016, Bachelot garantiu que a longa ausência de Nadal se tratava de um exame antidoping positivo do espanhol. A ex-ministra tinha se tornado comentarista esportiva e falou sobre o desfalque de sete meses do espanhol.
O tenista declarou que ficou fora do circuito por conta de um problema no tendão do joelho esquerdo. "Todo o mundo sabe que a famosa ferida de Rafael Nadal, que parou durante sete meses, deve-se certamente a um exame positivo"- disse a ex-ministra de Sanidade e Esportes (2007-2010).
As afirmações de Bachelot "pesam enormemente por conta do cargo que ela exerceu" - declarou o advogado do jogador, Patrick Maisonneuve, diante do tribunal de Paris. Nem Nadal nem Bachelot participaram da sessão.
As acusações poderiam ter "consequências importantes" sobre os "atuais e futuros patrocinadores" do atual número 1 do mundo- disse Maisonneuve.
Nadal "me pediu para cortar pela raiz o que disse Bachelot. Aqui está seu dossiê médico" - disse o advogado ao apresentar certificado que demonstra que o tenista sofria com problema no joelho esquerdo.
As acusações de doping "começam a me cansar" - disse Nadal na época. O mundo do tênis estava envolvido com a confissão de doping da russa Maria Sharapova.
Nadal, que conquistou o décimo título em Roland Garros em 2017, pediu para a Federação Internacional de Tênis publicar seus controles de antidoping. A Federação respondeu que ele mesmo podia publicá-las, depois de especificar que nunca deu positivo.
Por outro lado, o advogado de Roselyne Bachelot, Olivier Chappuis, criticou o programa de antidoping da Federação, "que sempre teve um relaxamento incrível, com cultura de dissimular os controles positivos".
Bachelot se baseou nas declarações dos jogadores Christophe Rochus e Daniel Köllerer, que acusaram Nadal de se dopar. O advogado da ex-ministra garantiu que sua cliente atuou "de boa fé" e insistiu que "existe uma enorme diferença entre os sucessos que coleciona (Nadal) e a fragilidade dos controles de doping".
"Qual patrocinador abandonou Nadal após estas declarações? Nenhum"- destacou o advogado, que propôs que a indenização fosse simbólica em caso de condenação.
A procuradoria avaliou que as acusações de Bachelot eram "particularmente graves" e pediu sua condenação. A sentença vai ser comunicada no dia 16 de novembro.
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