"Grêmio dá aula de como perder um Brasileirão 14 rodadas antes do final"
Este foi o título do comentário perfeito que o colunista Luiz Zini Pires escreveu no jornal "ZeroHora" de Porto Alegre, sobre o absurdo comportamento da direção do Grêmio
" A vitória da Chapecoense na Arena não espantou a torcida gremista. Ela já sabia. Menos de 15 mil acessaram o estádio. A direção e a comissão técnica abandonaram o Brasileirão antes mesmo da virada do semestre. Anunciam nas entrelinhas dos seus discursos.
As últimas cinco partidas do time ilustram o comprometimento do time: três derrotas, uma vitória e um empate. Ou quatro pontos conquistados em 15 possíveis. A desculpa é a Libertadores, foco total no torneio sul-americano.
Usar time misto em competição oficial é suicídio. Raramente uma equipe alternativa funciona em vários jogos. Os atletas, que não têm sequência e não jogam juntos, não se entendem. Não funcionam como um grupo competitivo.
Um habitante do Z-4, como a Chape, ganhou fôlego em Porto Alegre. Bastou acertar um contra-ataque em 90 minutos. Agora, 10 pontos separaram o líder Corinthians do Grêmio, o vice. Alcançar o Timão é impossível, ao menos em 2017.
Ao Grêmio, na 24ª rodada, faltou tudo. Controle do jogo e posse de bola não definem as partidas. A torcida viu empenho. O que ninguém assistiu, nem Renato, foi uma equipe criativa. Nada foi tão previsível.
Luan não tem substituto. Sem ele, a burocracia toma conta. A criatividade é artigo raro na Arena.
O Botafogo chega na quarta-feira (20), noite de Libertadores. Buscará a defesa como os catarinenses, mas tem um contra-ataque muito mais letal. Os donos da casa precisam do gol.
A sequência de jogos entre titulares e time misto tirou a competividade do Grêmio. As lesões de titulares ajudaram. A falta de peças estratégicas no banco de reservas colaboraram em dobro.
Renato acertou. Afirmou que o Corinthians despencaria no Brasileirão. Só não previu a queda do seu time. Os paulistas caíram, mas se recuperaram antes.
O melhor time do Brasil não mora mais em Porto Alegre."
Nenhum comentário:
Postar um comentário