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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sábado, 5 de agosto de 2017

Militares estão "limpando" o Rio de Janeiro !


                    Cerca de 5 mil militares e policiais participaram neste sábado de uma grande operação em várias favelas do Rio de Janeiro para combater o roubo de cargas e o tráfico de drogas, com um saldo de pelo menos dois mortos.
                 Apoiados por helicópteros e dezenas de veículos blindados, 3,6 mil militares e mais de 1,3 mil policiais de diversas unidades participaram da operação, iniciada às 4h em quatro favelas da zona Norte e em uma na zona Oeste. Quarenta mandados de prisão foram emitidos, segundo indicou um porta-voz da Secretaria de Segurança do Estado (Seseg), em um comunicado.


                     O secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, indicou que "dois criminosos morreram em confrontos" no Complexo do Lins e no Morro São João, ambos na zona Norte. Dezena de agentes das forças de segurança estavam a postos nos acessos ao Complexo do Lins. Todas as pessoas que saíam do local eram revistadas e submetidas a um controle de identidade. "Há um ambiente de tensão e medo. Quase ninguém conseguiu ir trabalhar"- relatou Vanuza Barroso da Silva, de 23 anos.
                    As apreensões na operação foram limitadas - três pistolas, duas granadas e 16 veículos - se comparadas ao armamento pesado utilizado pelas facções criminosas que atuam no Estado. Isso se deve, segundo Sá, a uma mudança "de lógica dos criminosos" - que agora procuram esconder bem suas armas. A retirada das tropas será decidida ao longo do dia, de acordo com o secretário. As autoridades publicaram na internet as fotos de 15 pessoas procuradas no Lins, oferecendo 1.000 reais de recompensa por sua captura.
                   O anúncio solicita "informações sobre esconderijos de armas, localização de criminosos, cargas roubadas, pontos de venda de drogas e veículos roubados" e promete anonimato aos denunciantes. "As Forças Armadas estão responsáveis pelo cerco em algumas dessas regiões e baseadas em pontos estratégicos", indicou a Seseg em um comunicado. "Algumas ruas estão interditadas e os espaços aéreos estão controlados para aeronaves civis nas áreas sobrepostas aos setores de atuação das Forças Armadas"- acrescentou.                  
                       O Governo Federal mobilizou em 26 de julho 8,5 mil militares no Rio de Janeiro para integrar uma força de 10 mil homens, para conter a onda de insegurança e combater principalmente o roubo de cargas. A Seseg indicou que a operação deste sábado, chamada "Onerat" ("carga", em latim), marca a segunda fase da operação, batizada de "Segurança e Paz", que deve se estender até o final de 2018 e se basear em ações de inteligência e ações surpresas. Essa estratégia contrasta com a empregada até o momento, de ocupação temporária do território, que volta a ser controlado pelas facção criminosas assim que as tropas se retiram.
                          O primeiro semestre deste ano foi o mais violento no estado desde 2009, com 3.457 mortes violentas, 15% a mais que no mesmo período de 2016, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP). A área com maior número de casos (23%) é a Baixada Fluminense.
                              Até agora este ano, 93 policiais foram mortos em confrontos ou fora de serviço. O último caso ocorreu na madrugada deste sábado, quando um sargento da Polícia Militar foi morto a tiros em seu carro, de acordo com um informe da polícia, citado pela imprensa. O roubo de cargas tem sido outro flagelo para a região.

                                   De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, no ano passado foram registrados 10 mil casos de roubo de cargas, principalmente em estradas de acesso à cidade, com perdas calculadas em bilhões.

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