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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

C  A  R  N  A  V  A  L  !









       NO RIO, VAI SER DIFÍCIL
                            GANHAR DA BEIJA-FLOR


          Na primeira noite de desfiles no Rio, ficou mais uma vez a impressão de que para ganhar o Carnaval tem que bater a Beija-Flor de Nilópolis. A velha máxima, difundida desde que a Azul e Branca se transformou em uma máquina de vencer, novamente se faz real. O desfile da agremiação nesta noite de domingo no Sambódromo foi o mais completo da escola na década, com traços de desfiles antigos e a velha forma avassaladora de desfilar, que fazem da Beija-Flor o rolo compressor da avenida.
 
          Impossível citar apenas um quesito como destaque em um desfile que entra para a história. Uma comissão de frente com a assinatura do trabalho de Marcelo Misailidis, com complexidade de coreografia e riqueza de detalhes. Conjunto de alegorias e fantasias que dificilmente será igualado neste 2016 e uma atuação que explica porque Neguinho da Beija-Flor é o maior intérprete do Carnaval Era Pós-Jamelão.
 


Primeira escola a desfilar, a Estácio de Sá levou para a Avenida a história de São Jorge. Ajudada pela força do tema, a agremiação, que estava fora do Grupo Especial há nove anos, abriu a maratona da elite do Carnaval em grande estilo.
 
Na abertura, o ator Jorge Fernando, após cinco anos afastado dos desfiles, veio como o homenageado em uma versão bem humorada, sobre uma bicicleta. Esbanjando alegria, ele foi bastante aplaudido pelo público.



Segunda escola a desfilar, a União da Ilha levou para a Avenida um enredo em homengaem à Olimpíada do Rio. Com alegorias criativas e bastante coloridas, a agremiação esbarrou na fragilidade do tema ao misturar mitologia grega com elementos da cultura carioca e deixou um pouco a desejar. 
 
 
O principal destaque foi a comissão de frente, coreografado por Patrick Carvalho, que trouxe oito cadeirantes entre os integrantes, que faziam malabarismos e acrobacias com as cadeiras de rodas, representando o espírito de inclusão dos Jogos Olímpicos. A comissão arrebatou o público ao usar um tripé, que lembrava a Grécia, de onde subia a pira olímpica, com um efeito de fumaça sensacional.

 
 
 

Quinta escola a entrar na avenida no primeiro dia de desfiles do grupo especial do Rio de Janeiro, a Mocidade Independente de Padre Miguel se inspirou nos 400 anos de Miguel de Cervantes para apresentar uma fictícia viagem de Dom Quixote de La Mancha ao Brasil.
 A Mocidade apostou em carros alegóricos mais altos e largos. Mas vários tiveram problemas na dispersão, prejudicando a evolução. Agremiação levou para à avenida Dom Quixote
 "Ergue-te do teu sono, Cervantes, do sonho à vida como antes, vem comigo que também sou Miguel, Padre Miguel", diz a sinopse do enredo da escola. Desde 2003 fora do desfile das campeãs, a verde e branco de Padre Miguel apostou no delicado momento que o país vive para materializar uma mensagem otimista.
Pelos olhos de Cervantes, partes da história brasileira como a Ditadura Militar até os problemas na saúde e educação atuais foram reimaginados e carnavalizados.



 A Acadêmicos do Grande Rio foi a quarta escola a desfilar na noite do domingo de Carnaval. O desfile teve uma ótima abertura por conta da comissão de frente e do casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola. Mas o nível não foi mantido no restante da passagem. Com falhas em harmonia, enredo e evolução, a escola comprometeu o restante de sua noite. Trazendo o enredo "Fui no Itororó, beber água, não achei. Mas achei a bela Santos, e por ela me apaixonei", a tricolor de Caxias fez sua passagem pela Sapucaí em 81 minutos
 
 
 A Unidos da Tijuca entrou na Sapucaí na madrugada desta segunda-feira,  para encerrar o primeiro dia de desfiles no Rio de Janeiro e fazer uma homenagem a natureza. Com o tema "Semeando Sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado", a escola levou à passarela do samba um enredo focado na cidade de Sorriso, no Mato Grosso, que é considerada a capital da soja e do agronegócio no Brasil.

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