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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

CANÇÕES QUE FICAM PRA SEMPRE


         "S E   N Ã O   F O S S E   O   S A M B A"

                 B e z e r r a     d a     S i l v a



                     


                                                            No último dia do ano, a série "Canções que ficam pra sempre" atende a sugestão do bom amigo Elton Rodrigues (foto) e destaca um dos maiores nome do samba, o saudoso BEZERRA DA SILVA, que vendeu mais de 3 milhões de discos. E a canção escolhida é mesmo especial, bem diferente de tudo que já rolou neste quadro do BLOG DO FLAVIO CAMPOS.
 
                       "SE NÃO FOSSE O SAMBA" é uma música lançada em 1986, com uma letra cheia de "malandragem" bem, ao estilo de Bezerra, e com o balanço gostoso dos cariocas.

 
             O vídeo que abre a postagem nos mostra o Bezerra da Silva dos bons tempos. Cante com ele, conferindo a letra abaixo:

                             E se não fosse o samba /  Quem sabe hoje em dia eu seria do bicho ?
                             E se não fosse o samba /  Quem sabe hoje em dia eu seria do bicho ? 
 
                              Não deixou a elite  me fazer marginal / E também em seguida me jogar no lixo / A minha babilaque era um lápis e papel no bolso da jaqueta / Uma touca de meia na minha cabeça / Uma fita cassete gravada na mão...
 
                             E toda vez que descia o meu morro do galo / Eu tomava uma dura / Os homens voavam na minha cintura / Pensando encontrar aquele três oitão / Mas como não achavam / Ficavam mordidos não me dispensavam / Abriam a caçapa e lá me jogavam / Mais uma vez nas tranca dura pra averiguação...
 
                            Batiam meu boletim / O nada consta dizia: ele é um bom cidadão / O cana-dura ficava muito injuriado / Porque era obrigado a me tirar da prisão...
 
                             Mas hoje em dia eles passam / Me vêem e me abraçam me chamam de amigo / Os que são compositores gravam comigo / E até me oferecem total proteção / Humildemente agradeço / E digo pra eles: estou muito seguro / Porque sou bom malandro / E não deixo furo /E sou considerado em qualquer jurisdição.
 
 
José Bezerra da Silva também era conhecido como "Embaixador dos morros e favelas"  e "Voz do Morro". Nasceu em Recife (Pernambuco) em 23 de fevereiro de 1927. Aos 15 anos, foi expulso da Marinha Mercante e veio embora para o Rio de Janeiro, só com a roupa do corpo, num navio que carregava açúcar.
 
 
Foi cantor, compositor, violonista, percussionista e intérprete brasileiro dos gêneros coco e samba, em especial de partido alto.
 
Começou dedicando-se aos ritmos nordestinos, principalmente o coco, mas depois se transformou num dos grandes expoentes do samba, através do qual cantou os problemas sociais encontrados dentro da comunidades.
 
Estudou violão clássico por oito anos e depois passou mais oito anos tocando na orquestra da Rede Globo.   Gravou seu primeiro compacto em 1969 e o primeiro disco em 1975. Em toda a carreira foram 28 álbuns lançados, com mais de 3 milhões de cópias vendidas.

 
Bezerra da Silva ganhou 11 discos de ouro, 3 de platina e 1 de platinas duplo. Apesar de ter sido um dos artistas mais populares do Brasil, foi um artista bastante ignorado pelo "mainstream".
 
 

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