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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

                          Certamente, ele não foi o maior cantor brasileiro em termos de voz. Mas em matéria de ritmo ninguém foi melhor. No total, foram mais de 70 discos gravados. O País inteiro cantou com ele um dia

                                        M  I  L  T  I  N  H  O

                    
 
Até hoje tenho saudade do cantor MILTINHO,  que emplacou dezenas de canções na sua época de maior sucesso. E entre estas músicas estava "MULHER DE TRINTA", composição de Luiz Antônio, lançada em 1967. Foi certamente a  música que consolidou o prestígio de Miltinho junto ao público, e que está no vídeo acima.
 
Milton Santos de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, no dia 31 de janeiro de 1928, e cantou de 1940 a 2014. Morreu no Dia da Pátria, 7 de Setembro de 2014, vítima de uma parada cardíaca. Foi reconhecido como um dos grandes cantores do samba brasileiro.
 
 
Miltinho iniciou carreira na década de 40,  como integrante de diversos grupos vocais, como Anjos do Inferno, que chegou a viajar aos EUA com Carmen Miranda. Também cantou com  Namorados da Lua, Quatro Ases e Um Coringa, Milionários do Ritmo e Cancioneiros do Luar.
Mas o primeiro disco solo, "Um Novo Astro" só foi lançado em 1960, abrindo uma carreira de enorme êxito.
Miltinho tinha uma voz anasalada, afeita aos sambas de teleco-teco e às canções românticas. Ele cantava samba, samba-canção e sambalanço. E além de cantar era um ótimo pandeirista.
No embalo de "Mulher de Trinta", Miltinho ganhou muito dinheiro e reconhecimento público. Passou a participar dos principais programas de televisão e ganhou vários prêmios. Acabou chegando ao cinema, para participar de um filme ao lado do conhecidíssimo Mazzaropi.

 
Reconhecido pela crítica especializada, Miltinho era chamado de "Rei do Ritmo".  Disse certa vez que levava a vida com a visão de um ritmista: "A gente tem que ter ritmo pra tudo. Para andar, pra pegar o ônibus, pra tudo. Se a gente bobear, tropeça e cai".
Também era um homem modesto: "Eu não sou astro de coisa nenhuma, sou apenas um cantor de samba. O que me honra muito" - acrescentou.

                 Miltinho gravou vários discos com participação de outros artistas, como Chico Buarque, Elza Soares, Martinho da Vila, João Nogueira, João Bosco, Luiz Melodia e Zeca Pagodinho.
                  Ele também animou os carnavais, com marchinhas como "Nós os carecas" e outras bastante conhecidas.

                 Mas era mesmo no samba que Miltinho se soltava mais. Impossível esquecer suas interpretações em "Mulata Assanhada,  Menina Moça,  Palhaçada,  O conde,  Volta   e Laranja Madura.

                   Entretanto, em 2010 Miltinho foi diagnosticado com princípio do mal de Alzheimer, e teve que parar de cantar. A doença foi se instalando e,  quatro anos, depois  teve que ser internado. Até que, no dia 7 de setembro de 2014, ele nos deixou como conta uma de suas filhas, Sandra Vergara: "Ele estava lutando para se recuperar, mas teve uma parada cardíaca e, quando chegamos para o horário de visitas no Hospital do Amparo, zona norte do Rio, a médica nos chamou e nos disse que ele tinha falecido por volta das quatro horas da tarde. Foi um momento que nunca vou conseguir esquecer" -  contou Sandra à imprensa. 
                              








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