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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

domingo, 2 de agosto de 2015

            Na última sexta-feira, fez 27 anos que Portugal e o mundo inteiro perderam o grande artista que hoje destacamos neste espaço. Morreu com apenas 64 anos. Deixou uma imensa saudade, com seus fados e suas baladas românticas
         
                    F R A N C I S C O        J O S É

                  

                                      Me criei ouvindo música de todos os gêneros e de todos os cantos do mundo. E a música portuguesa era muito curtida lá em casa, pelos meus velhos. Eu era adolescente quando comecei a conhecer o trabalho de FRANCISCO JOSÉ.  Ele foi importante na minha formação de músico amador.

 
                        Francisco José Galopim de Carvalho nasceu em Évora, Portugal, no dia 16 de agosto de 1924. Iniciou sua  carreira de cantor num baile de formatura do liceu em que estudava, no Teatro Garcia de Resende.  Mas profissionalmente começou a cantar aos 24 anos de idade, sendo obrigado a interromper o curso de engenharia, quando estava no terceiro ano.


                       O seu sucesso em Portugal foi rapidamente alcançado. Suas músicas era muito tocadas, especialmente a balada romântica "Olhos Castanhos", lançada em 1951, e que se tornou o seu maior single. Mas eu escolhi para o vídeo de apresentação desta postagem outra canção maravilhosa: "Só Nós Dois", escrita por Joaquim Pimentel, um dos maiores compositores portugueses de todos os tempos.

        Foi em 1954, que Francisco resolveu vir para o Brasil, um mercado então muito aberto para os artistas portugueses. Mas nem ele esperava que acabaria se fixando por aqui, deixando para trás uma carreira já consolidada em Portugal.
         Até 1960, ele ficou praticamente só cantando para a grande colônia lusa aqui existente. Somente em 1960 é que voltou a gravar, lançando uma nova versão de "Olhos Castanhos", que atingiu um sucesso sem precedentes, vendendo um milhão de cópias. Valeu como um "visto de permanência" no Brasil.








                        
            Embora praticamente residindo aqui, Francisco visitava Portugal regularmente. Foi assim até 1964, quando ele se tornou protagonista de um "incidente diplomático",  ao declarar num programa de variedades, que os artistas portugueses eram mal pagos pelas emissoras de lá, enquanto os estrangeiros recebiam pequenas fortunas. O comentário foi mal interpretado, e Francisco José ficou sem atuar na televisão lusa até 1980.


       Francisco José era irmão de um famoso geólogo, o professor Doutor Galopim de Carvalho, conhecido por sua atuação em defesa dos vestígios (icnofósseis) de Dinossauros.

       E antes de ser cantor, Francisco José foi professor universitário, cargo que teve até a morte.
 
       Além de "Olhos Castanhos", o ótimo cantor português fez muito sucesso por aqui com a canção "Guitarra Toca Baixinho".

        A volta para Portugal ocorreu somente na década de 80, onde lançou em 1983 o single "As Crianças Não Querem a Guerra".
        Francisco José morreu em Lisboa, no dia 31 de julho de 1988.




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