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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

   Ao contrário do que muita gente pensa, ele não é apenas um rebelde revolucionário. Foi também um poeta apaixonado, que escreveu lindas canções de amor. Não fosse assim, ele não teria feito parcerias com Carlinhos Lyra. O que eu acho é que aquele clima gerado pela Ditadura "endureceu" o coração de

                                        g e r a l d o      v a n d r é



                         


                                A música mais famosa de GERALDO VANDRÉ foi sem dúvida "Pra não dizer que não falei de Flores", também conhecida como "Caminhando".  Mas a minha preferida no repertório dele é esta que escolhi para o vídeo de abertura desta postagem: "FICA MAL COM DEUS".  Compartilho plenamente com o poeta. Pra ficar bem comigo tem que saber amar.

                                 Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, que hoje está com 79 anos, é um cantor, compositor, advogado, poeta e violonista nascido em João Pessoa, na Paraíba. Seus pais: o médico otorrino José Vandregíselo  e Maria Martha Pedrosa Dias.
                                Vandré tinha 16 nos quando veio para o Rio de Janeiro ingressando em 1957 na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, pela qual se formou em 1961. Militante estudantil, participou do Centro Popular de Cultura da UNE (União Nacional dos Estudantes). Foi onde tudo começou. Lá ele conheceu Carlos Lyra, com quem compôs "Quem Quiser Encontrar o Amor" e "Aruanda", gravadas pelos dois autores.
 

                             É do seu primeiro LP, gravado em 1964, a canção que está no vídeo ("Fica mal com Deus")  e a famosa "Menino das Laranjas", que estourou com Elis Regina. Mas o melhor veio mesmo em 1966, quando chegou a final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, com o sucesso "Disparada", numa parceria com Theo de Barros. Cantada por Jair Rodrigues, a canção dividiu o primeiro lugar com "A Banda", de Chico Buarque. E Geraldo Vandré virou um legítimo ídolo popular.

                             Porém, a música que acabou marcando a sua vida veio no III Festival Internacional da Canção da TV Globo, em 1968, com o refrão forte que dizia: "Vem vamos embora/ Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora / Não espera acontecer". Isso foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os militares.  O suficiente para que Vandré fosse obrigado a exilar-se fora do Brasil, passando a viver no Chile, na Alemanha e na França. E quando voltou, em 1973, foi vigiado pelos militares, sem poder se expressar. Só cantou depois de 9 anos, e no Paraguai.


                      Vivendo em São Paulo, Geraldo Vandré vai seguidamente ao Rio. E aos amigos costuma dizer que não se afastou da música por causa da perseguição política, mas sim pela falta de motivação para compor para o público brasileiro que, segundo ele, tornou-se uma vítima do processo de massificação cultural.  



                               

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