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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

         "Ouve o canto Gauchesco e brasileiro /  Desta terra que
eu amei desde guri ..."
Todo o gaúcho que se preza, sabe cantar pelo menos um pedacinho desta canção, que se chama "CANTO ALEGRETENSE" e que teve seus versos escritos por NICO FAGUNDES, que nos deixou ontem, aos 80 anos. E uma das bandas mais queridas do Rio Grande do Sul chora a perda de  seu integrante mais querido. Vamos conhecer um pouco desta banda

                   O S     F A G U N D E S

                       

            Uma família inteira que se dedica ao nativismo, numa paixão alucinada pelo Rio Grande. E quatro deles criaram em 2001 a banda OS FAGUNDES, composta por Bagre Fagundes ,  seus filhos Neto e Ernesto e o querido irmão Nico, que ontem foi chamado pelo "Patrão lá de cima". O lançamento oficial do CD de estréia do grupo ocorreu no velho e tradicional Theatro São Pedro, em Porto Alegre, onde todos residiam.   Mas antes disso, a família já havia se reunido para gravar  dois discos, ainda sem adotar o nome "Os Fagundes" : em 1986, o "Fagundaço", e em 1996, o "Natal Luz".  Na verdade, todos eles sempre tocaram e cantaram como profissionais. 

 
Bagre Fagundes  e Nico Fagundes (sentados) foram os autores do "CANTO ALEGRETENSE". Nico escreveu os versos que Bagre musicou. Neto e Nico fazem o vocal, e o resultado está no vídeo que abre esta postagem, numa execução da banda, que é complementada por Paulinho Fernandes (violão e guitarra), Leandro Rodriguez (acordeon), Lucas Esvael (Baixo) e Ricardo Arenhalth (bateria).  Vale ressaltar que a canção é uma linda homenagem a cidade de Alegrete, berço natal da família Fagundes.
 
 
E a banda tem vivido outros momentos de grande emoção, participando sempre dos grandes eventos tradicionalistas no Estado. Em 2004, o grupo lançou o seu segundo álbum, que se chamou "Para Todas as Querências".  E já no ano seguinte foi gravado ao vivo no Theatro São Pedro  o álbum "Os Fagundes ao Vivo", num show que contou com as participações especiais de Renato Borghetti, na canção "Querência", e de Teixeirinha Filho, em "O Colono". 
 

                Mas, paralelamente ao seguimento da vida da banda, os membros da família foram dando sequência às suas atividades normais. E coube a Neto, que tem carreira-solo de cantor, apresentar ao lado de seu tio Nico, um dos melhores programas da televisão gaúcha há muitos anos: "Galpão Crioulo". E isso fez com os dois ficassem muito mais próximos do grande público, através de um contato semanal, em que são apresentados outros artistas gaúchos. E Nico conseguiu permanecer assim até praticamente o final da sua vida, mesmo depois de enfrentar um AVC, logo no começo do século, e uma infecção geral no organismo, surgida em 2010, quando ele chegou a ficar em coma induzido.




                               Todo o Rio Grande do Sul sabia que o estado de saúde de Antônio Augusto da Sila Fagundes, o NICO, não era nada bom. Mas pude sentir como o povo torcia e rezava para que ele continuasse ali, ao lado do sobrinho Neto, conversando com as pessoas, usando aquelas expressões bem gauchescas e sempre dizendo ao final do programa:
 
"BOA SEMANA, GAÚCHOS E GAÚCHAS DE TODAS AS QUERÊNCIAS".  

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