eu amei desde guri ..."
Todo o gaúcho que se preza, sabe cantar pelo menos um pedacinho desta canção, que se chama "CANTO ALEGRETENSE" e que teve seus versos escritos por NICO FAGUNDES, que nos deixou ontem, aos 80 anos. E uma das bandas mais queridas do Rio Grande do Sul chora a perda de seu integrante mais querido. Vamos conhecer um pouco desta banda
O S F A G U N D E S
Uma família inteira que se dedica ao nativismo, numa paixão alucinada pelo Rio Grande. E quatro deles criaram em 2001 a banda OS FAGUNDES, composta por Bagre Fagundes , seus filhos Neto e Ernesto e o querido irmão Nico, que ontem foi chamado pelo "Patrão lá de cima". O lançamento oficial do CD de estréia do grupo ocorreu no velho e tradicional Theatro São Pedro, em Porto Alegre, onde todos residiam. Mas antes disso, a família já havia se reunido para gravar dois discos, ainda sem adotar o nome "Os Fagundes" : em 1986, o "Fagundaço", e em 1996, o "Natal Luz". Na verdade, todos eles sempre tocaram e cantaram como profissionais.
Bagre Fagundes e Nico Fagundes (sentados) foram os autores do "CANTO ALEGRETENSE". Nico escreveu os versos que Bagre musicou. Neto e Nico fazem o vocal, e o resultado está no vídeo que abre esta postagem, numa execução da banda, que é complementada por Paulinho Fernandes (violão e guitarra), Leandro Rodriguez (acordeon), Lucas Esvael (Baixo) e Ricardo Arenhalth (bateria). Vale ressaltar que a canção é uma linda homenagem a cidade de Alegrete, berço natal da família Fagundes.
E a banda tem vivido outros momentos de grande emoção, participando sempre dos grandes eventos tradicionalistas no Estado. Em 2004, o grupo lançou o seu segundo álbum, que se chamou "Para Todas as Querências". E já no ano seguinte foi gravado ao vivo no Theatro São Pedro o álbum "Os Fagundes ao Vivo", num show que contou com as participações especiais de Renato Borghetti, na canção "Querência", e de Teixeirinha Filho, em "O Colono".
Mas, paralelamente ao seguimento da vida da banda, os membros da família foram dando sequência às suas atividades normais. E coube a Neto, que tem carreira-solo de cantor, apresentar ao lado de seu tio Nico, um dos melhores programas da televisão gaúcha há muitos anos: "Galpão Crioulo". E isso fez com os dois ficassem muito mais próximos do grande público, através de um contato semanal, em que são apresentados outros artistas gaúchos. E Nico conseguiu permanecer assim até praticamente o final da sua vida, mesmo depois de enfrentar um AVC, logo no começo do século, e uma infecção geral no organismo, surgida em 2010, quando ele chegou a ficar em coma induzido.

Todo o Rio Grande do Sul sabia que o estado de saúde de Antônio Augusto da Sila Fagundes, o NICO, não era nada bom. Mas pude sentir como o povo torcia e rezava para que ele continuasse ali, ao lado do sobrinho Neto, conversando com as pessoas, usando aquelas expressões bem gauchescas e sempre dizendo ao final do programa:
"BOA SEMANA, GAÚCHOS E GAÚCHAS DE TODAS AS QUERÊNCIAS".
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