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Gaúcho de Pelotas, com experiência jornalística internacional, atuando em Rádio, TV e Jornal por mais de 40 anos. Cobriu duas Copas do Mundo (EUA e França), nove edições da Copa América e os Jogos Olímpícos de Atlanta (EUA), entre outros eventos importantes. Idealizador dos Jogos de Inverno Intersociedades de Londrina. Compositor premiado em diversas edições do Festival de Música de Londrina na década de 70.

sábado, 28 de março de 2015

                          Tô com muita saudade desse Baixinho
                                         N E L S O N     N E D
                                  
                                     "O Pequeno Gigante da Canção"

 
 
Um homem muito pequeno, de apenas 1m12c, mas com uma voz muito grande. Tão grande que ele foi o primeiro latino-americano a vender 1 milhão de discos nos Estados Unidos e chegou a se apresentar ao lado de grandes nomes da canção romântica, como Julio Iglésias e Tony Bennett.
 
N E L S O N       N E D
 
Com todos os seus problemas e limitações,  um homem confiante e sempre apaixonado, que cantava versos como estes da canção "CAPRICHOSO", que ouvimos no vídeo acima:
"Veja bem, não me rendo eu sou caprichoso / Veja bem, eu não nego sou muito orgulhoso / E eu não tenho pressa, você vai gostar de mim / Amanhã ou depois / Até lá, tenha calma meu bem / Eu te amo por nós dois "
 
Nelson Ned d'Ávila Pinto, o único cantor anão brasileiro, nasceu em Ubá, Minas Gerais, e era aparentemente uma criança igual as outras. Mas aos poucos, seus pais perceberam que ele não se desenvolvia e correram ao médico.  E o diagnóstico foi duro: "displasia espôndilo-epifisária". Ele seria sempre um homem pequeno.
Mas, como seus pais gostavam de música, Nelson logo começou a cantar e, com apenas 4 anos, já ganhou um prêmio na rádio de Ubá. E nunca mais parou de cantarolar pela vida.  Porém, teve que lutar muito para ser um cantor de verdade.  Aos 12 anos, já morando com a família em Belo Horizonte, foi trabalhar como secretário do gerente da fábrica da Lacta.  Mas logo em seguida, começou a ganhar espaço em programas da TV Itacolomi e das rádios Guarani e Inconfidência de Belô.
 
E já nos anos 60, até pela curiosidade que o seu tamanho despertava, começou a gravar e se apresentar, inclusive fora do Brasil. Tornou-se extremamente popular na América Latina, na Europa e na Ásia. E sua voz sua voz forte e afinada passou por cima do tamanho. Seus shows românticos atraiam multidões em qualquer lugar em que ele se apresentasse.
Enquanto isso, no Brasil outros cantores, como Moacyr Franco, Antônio Marcos e Agnaldo Timóteo, gravavam canções compostas por Nelson. O destaque foi "Tudo Passará" que obteve 40 gravações feitas por outros artistas brasileiros e estrangeiros.

 
 
 
No auge, ganhou discos de ouro aqui e lá fora. Vendeu mais de 45 milhões de discos e cantou quatro vezes no famoso Carnegie Hall, em Nova York, sempre com lotação total. Mas aí, em 1990, foi chamado por Deus e começou a cantar praticamente só canções evangélicas, após ter se convertido ao cristianismo. E já no primeiro lançamento, faturou um Disco de Ouro Gospel.
 
 Porém,  vieram  também a depressão, as bebidas e as drogas, que levaram Nelson a sofrer um acidente vascular cerebral, em 2003, o que o levou a perder a visão do olho direito.  Sofrendo de diabetes e hipertensão,  passou a desenvolver também "mal de Alzheimer".  Foi acabar numa clínica de repouso, em Cotia, próximo a São Paulo. E foi em Cotia que ele morreu, aos 66 anos, no dia 5 de janeiro do ano passado (2014), com infecção respiratória aguda, pneumonia  e problemas na bexiga.
Foi muito triste a sua morte, mas eu fiquei com a sua imagem cantando :" E eu quando amo não brinco, eu amo / Se você não gosta de mim, não reclamo / Eu sou caprichoso, não mudo nem por um segundo  / E eu vou te dar o amor maior deste mundo ...."
Fecho a postagem com Nelson Ned no Exterior, já na reta final da carreira, cantando ao vivo "TUDO PASSARÁ"
 
 
 

Um comentário:

  1. É meu amigo mais uma vez você presta uma belíssima homenagem e desta vez a este que cantou e encantou. Parabéns pelas palavras. Rosani Maia

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